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Alterações de funcionamento imediatas

A Elena, que estava connosco desde Setembro de 2012, vai trilhar outros caminhos e amanhã é o seu último dia de trabalho no atelier. Desejamos-lhe sucesso e muita sorte, e esperamos continuar a vê-la por Lisboa afora, a pedalar. 🙂

Entretanto, para acomodar a saída da Elena até fecharmos para as férias de Verão (a 15 de Agosto), adoptaremos um novo sistema de expediente e de atendimento, já a partir desta 3ª-feira dia 22 de Julho de 2014:

Horário Cenas a Pedal

Assim, da parte da manhã de 3ª a 6ª trabalhamos (na oficina, no escritório, na escola, em serviços e reuniões no exterior, etc), e da parte da tarde tentamos estar todos a trabalhar no atelier, e disponíveis para vos atender.

Ao sábado de manhã também estaremos disponíveis para vos atender, embora nem sempre com a equipa completa (às vezes temos aulas no exterior, nesse horário).

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Um sábado de bicicleta

Sábado, saio de casa às 8h30 para chegar a Campo de Ourique uns minutos antes das 9h, para uma aula de mais um curso “ABC da Bicicleta“. Já está calor. Estou no Jardim da Estrela até quase às 11h, a ensinar 3 mulheres a andarem de bicicleta. 🙂

Depois de arrumadas as bicicletas, sigo para o atelier (fechado neste dia), perto da estação de Entrecampos, para trocar de bicicleta e esperar pelo Bruno, que se encontraria lá comigo vindo de casa. Está um dia muito quente!

Quase a chegar, páro no semáforo junto à praça do Campo Pequeno, olho para a direita e, por acaso, reparo que há lá um mercado da Agrobio. Decido fazer uma paragem, vou comprar fruta! 🙂

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Morangos e cerejas no alforge, sigo caminho.

Descanso um pouco no atelier e, entretanto com o Bruno já chegado, preparamos as Surly LHT para o resto do dia. Sim, no dia-a-dia usamos outras, estas são as “biclas de fim-de-semana”. 😀 O plano é irmos à praia, em Sintra, e no final do dia ir jantar a Porto Salvo, com a família, regressando a casa ao fim da noite. Temos pouco tempo, mas queria mesmo sair de Lisboa e pôr os pés numa praia, nem que fosse por pouco tempo.

Arrancamos para a estação de comboios em Entrecampos (é logo ali, e acedemos-lhe pela entrada no edifício das Águas de Portugal (não esperem encontrar sinaléctica desse acesso…).

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Está um calor do caraças. Apanhamos o comboio às 15h05.

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Chegamos a Sintra. Que bom, um dia quente e nós no meio do verde. 🙂 Ainda não almoçámos. Fazemos uma paragem ali perto, e marcha isto:

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Os ciclistas são grandes fãs do calorie-offsetting. 😛

Entretanto, lá vemos no telemóvel o caminho para a praia das Maçãs. São pouco mais de 10 Km e lá vamos nós a descer. 🙂 Chegamos à praia, ainda está calor. Prendemos as biclas a um poste e abancamos na areia com elas no campo de visão. Estamos lá umas 2 horitas a curtir o sol e o calor (já passava das 17h, por isso era quente mas não excessivamente). Lamento, nem tirámos fotos. 😛

Tínhamos hora para aparecer para o jantar por isso pusémo-nos a caminho cerca das 19h30-20h. A estrada era boa no geral, mas sinuosa e cheia de curvas sem visibilidade, com algum trânsito, só uma via em cada sentido. Não ocupar a via não é uma opção*, o que leva a que se acumulem carros atrás de nós em vários troços. Mas não há alternativa*, e tal como fazem em inúmeras outras situações que não envolvem ciclistas, os condutores esperam pela oportunidade adequada para ultrapassar. Mas claro, há sempre idiotas e alguns fazem (ou tentam) ultrapassagens perigosas. Outros apitam, achando, porventura, que nós poderíamos e deveríamos magicamente desmaterializarmo-nos da frente deles, ou quiçá, parar e encostar para os senhores passarem – eles têm medo de ficar muito perto de carros em sentido contrário, mas acham que nós estamos bem com eles a passarem-nos a escassos centímetros. Por isso é que não podemos facilitar, temos que tomar as rédeas da nossa própria segurança, e isso implica ocupar a via e obrigar a que a ultrapassagem seja feita de forma mais consciente. No geral, o regresso correu bem. A dado ponto fomos por um atalho, depois de perguntar a um senhor que estava no seu quintal. Prevíamos que fosse mais inclinado, mas trocámos isso pela tranquilidade de usar um caminho sem carros, sem ruído, sem fumo.

* Na verdade há opção, há alternativa, que é fazer como a maior parte dos ciclistas e seguir encostado à berma, “para não empatar.” Mas isso só serve os interesses de quem vai de carro. Se os próprios ciclistas não tiverem respeito próprio, será muito mais difícil que o consigam dos outros. 

Era a subir, mas fez-se, em parte empurrando a bicicleta à mão para descansar um pouco.

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Não havia mesmo carros, a estrada estava semi-desmoronada. Perfeito. 😛

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Foi um caminho muito agradável, no meio do verde exuberante e com um sol ainda espectacular.

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De vez em quando photoshoot stop. 🙂

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E lá regressámos ao comboio. Aqui ilustramos a técnica mais segura para usar os canais especiais da CP, antes de se ter a certeza de que a nossa bicicleta lá cabe. Sabemos que as longtails não cabem, mas antes de passarmos com estas “normais”, vimos um rapaz com uma estradeira normal ficar meio entalado também, por isso, não facilitámos, bicicletas ao alto:

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Chegado o comboio, foi só entrar e arrumar como dava as biclas.

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Saímos na (nova) estação de Massamá-Barcarena, descemos até à Fábrica da Pólvora, e subimos pelo meio da urbanização do campo de golfe, no meio das árvores (enquanto não as derrubam para construir mais casas…). Mais uns Km e chegávamos ao destino às 21h30, como desejado. No final do jantar, eram quase 1h da manhã, arrancamos para Paço de Arcos, para apanhar o comboio de volta a Lisboa.

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Desde que temos ambos bicicletas eléctricas, e as usamos nesta visita semanal familiar (excepto a deste dia), nunca mais recorremos ao comboio. Neste dia fizémo-lo, não para poupar tempo, provavelmente não teria feito muita diferença, mas para poupar esforço, dado que já tínhamos puxado mais do que o habitual ao longo do dia, íamos dormir pouco, e na manhã seguinte iríamos estar novamente a trabalhar.

Chegamos ao Cais do Sodré e seguimos pela Ribeira das Naus, lixados com a porcaria de piso que ali puseram, mas aliviados por ainda conseguirmos desfrutar daquele troço sem carros (estivémos lá nos Santos e o acesso automóvel tinha sido reposto, o que nos deprimiu bastante). Não faz sentido nenhum permitir a presença de automóveis naquele espaço.

Saindo da “zona sem carros” do Terreiro do Paço, olhamos para a esquerda, lembramo-nos que já estamos outra vez com fome, e resolvemos fazer uma paragem para comer um pão com chouriço e uma fartura. 🙂 Calorie-offsetting, my friends, uma das grandes vantagens de andar de bicicleta para todo o lado. xD

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Voltamos à estrada, são 2 da manhã e ainda temos a Rua Washington para ultrapassar.

Chegamos a casa satisfeitos, com todas as toxinas expelidas, bem transpirados e cansados. Daquele cansaço gostoso. 🙂 E no dia seguinte estávamos prontos para outra. O facto de termos passado a fazer uma média de 15 Km/dia de commuting, desde que mudámos de casa e depois de atelier, mesmo usando as eléctricas, reflectiu-se na nossa capacidade física. Antes teríamos ficado muito mais cansados, muito mais cedo.

Andar de bicicleta é espectacular. 🙂

E conjugá-la com o comboio, é perfeito. Num só dia estivémos e pedalámos por 3 concelhos diferentes, estivémos no centro da cidade, na praia e no campo, e nos subúrbios. Bicicleta e comboio é uma conjugação vencedora! Só falta a CP perceber isso, e o resto da malta, claro.

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A espalhar a mensagem, na televisão, na palete, e na rádio

Nos últimos dois meses saímos mais do que o normal da nossa “toca” para falar daquilo que fazemos e porquê.

Ainda estávamos a arrumar as coisas no atelier antigo, no final de Março, quando a equipa do Biosfera foi ter connosco para gravarmos uma entrevista centrada nas recentes alterações ao Código da Estrada e na utilização da bicicleta no dia-a-dia, no geral. Grande parte da conversa, em que falei usando o meu chapéu da MUBi :-), foi usada em dois programas, um emitido no início de Maio e outro emitido agora a meio de Junho.

O primeiro programa focou-se nas alterações ao Código da Estrada, no que mudou na lei e no que mudou (ou não) na prática, na estrada, “Aprender a andar em duas rodas“. Abordou-se esta questão, e ainda outras relacionadas com os aspectos práticos da bicicleta no dia-a-dia (escolhê-la, protegê-la de roubos, etc).

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Podem (re)vê-lo aqui:

Biosfera 447 Aprender a andar em duas rodas from Farol de Ideias on Vimeo.

O segundo programa focou-se nas histórias das pessoas, “Viver a cidade em duas rodas“. Vale a pena ouvir o Ricardo, do Porto, a contar a sua transição gradual mas dramática, do carro como principal meio de transporte para a bicicleta, e também a da “nossa” Filipa, aqui de Lisboa, a partilhar a sua experiência na adopção da bicicleta no dia-a-dia com dois filhos pequenos para transportar e nos desafios e recompensas que isso lhe coloca como pessoa e como mãe.

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Podem (re)ver o programa aqui:

Biosfera 453 Viver a cidade em duas rodas from Farol de Ideias on Vimeo.

Nós somos grandes fãs da Filipa e tem sido muito bom assistir à sua evolução enquanto ciclista e, principalmente, enquanto mãe ciclista! 🙂 É a recente nova dona da nossa moederfiets (“bicicleta de mãe”, como lhe chamam os holandeses) Gazelle Bloom, e antes disso já levava os miúdos em cadeirinhas ou num atrelado. Fez o nosso curso de Condução de Bicicleta em Cidade, viajou de bicicleta com os miúdos no Verão passado, e até subiu à palete de um Ignite Portugal para partilhar a sua experiência.

Foto: Catarina Rivero
Foto: Catarina Rivero

Orgulha-nos muito o nosso pequeno papel na história dela, e gostaríamos que aparecessem muitas mais Filipas por esta cidade fora. 🙂

Estes dois programas foram excelentes pois permitiram levar estas questões, estes exemplos e histórias aos outros, aos não-ciclistas, aos pré-ciclistas, e até aos ciclistas-que-não-têm-nada-a-ver-com-bicicletas-e-ciclo-activismo-ou-bicicultura. 😉

Esse é um grande aspecto positivo também da nossa participação num programa de rádio, o LXA Conversa:

LXAMANHÃ é uma plataforma permanente de recolha e consulta das ideias dos cidadãos para a Lisboa de amanhã – independente e aberta a todos aqueles que, juntos, querem melhorar a cidade.

O objetivo desta plataforma é fazer com que todos os cidadãos se tornem mais informados, ativos e participativos, e juntamente com as autoridades participem na construção de uma Lisboa cada vez melhor!

Construir uma Lisboa melhor, é isso que queremos! E como tal, foi com muito gosto que aceitámos o convite do André e fomos à Rádio Zero, no IST, no passado mês de Maio, participar em mais um LXA Conversa.

Cenas a Pedal na Rádio Zero Foto: Rádio Zero
Cenas a Pedal no LXA Conversa
Foto: Rádio Zero

LXA Conversa é o programa de rádio do LXAMANHÃ em parceria com a Rádio Zero. É um programa semanal, de 1h, emitido aos sábados, com Lisboa no centro e/ou em background. Tem rubricas musicais, notícias, debates/entrevistas, e sugestões e propostas para a cidade. Nós fomos convidados a falar da Cenas a Pedal, de como surgiu, o que fazemos e porquê, de quais são, na nossa perspectiva, os principais entraves ao uso da bicicleta em Lisboa, como gostaríamos de ver a mobilidade em Lisboa daqui a 10 anos, e como é que a Cenas a Pedal se enquadraria nesse cenário.

Foi um fim de dia muito bem passado à conversa com o André, o Luís, a Joana e a Marta, a falar de bicicletas, cidades, mobilidade, urbanismo, etc. 🙂

Podem ouvir ou re-ouvir aqui:

LXA Conversa #10 by Andre Duarte on Mixcloud

Ainda antes disto, tínhamos participado em dois eventos importantes mas totalmente “virados para dentro“, o congresso ibérico “A bicicleta e a Cidade”, e o Ignite Portugal @ Bicicletas de Lisboa, onde nos propusémos falar de “bicicletas especiais”, quota modal da bicicleta, e a questão da “batota” na bicicleta como meio de transporte.

O Ignite Portugal é um conjunto de eventos abertos à participação de todos que giram em torno de apresentações sobre temas como inovação, criatividade, empreendedorismo ou tecnologia, em que os apresentadores têm apenas 5 minutos para falar, com 20 slides que rodam automaticamente a cada 15 segundos.

 

Eu fui falar desta questão engraçada (excepto quando pensamos nas suas consequências, claro) de muitas pessoas encararem a bicicleta eléctrica (na sua versão pedelec) como “batota“. O meu objectivo foi o de ajudar a destruir mitos e ideias erradas pré-concebidas, e a colocar a bicicleta eléctrica no seu lugar de direito como (mais) uma ferramenta (e fantástica) de mobilidade e transporte. Podem ver os slides aqui:

Já o Bruno foi falar de bicicletas especiais, para gente fora-de-série. Bicicletas, triciclos e afins para diferentes aplicações e para pessoas com diferentes preferências e/ou necessidades, que permitem o acesso à bicicleta como meio de transporte e instrumento de lazer e até de reabilitação, a pessoas de outra forma excluídas desse estilo de vida e dessa actividade. Podem ver os slides aqui:

E os vídeos das apresentações, gravados pela organização do evento, serão publicados aqui, logo que estejam prontos.

Seria difícil alcançar um público “de fora” sendo um Ignite com um tema tão específico, mas mesmo assim foi uma boa oportunidade de divulgar estes conceitos a pessoas que, embora estejam ligadas a estes assuntos e a esta cultura, não tenham assim tanto contacto com estes sub-temas em particular. Foi giro participar, e foi interessante assistir, sendo que gostei particularmente das apresentações do Ricardo Cruz e do João Campos, bons temas e bons oradores!

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Os últimos 30 dias

Bom, o último mês foi em contra-relógio! Fomos obviamente muuuuuito optimistas com os prazos de mudanças e preparação mínima do novo espaço. 🙂 Entre mudanças, arrumações e desarrumações, obras, problemas imprevistos, e solicitações novas pelo meio, as coisas arrastaram-se.

Entretanto já reabrimos, em modo “soft opening“, e embora vá demorar mais umas 2 semanas, talvez, a estarmos reestabelecidos (tudo arrumadinho e no sítio, rotinas retomadas, etc), o pior já passou.

Nos últimos dias no atelier da Av. Álvares Cabral, já em modo “arrumar para ir embora” gravámos uma peça para o Biosfera, um programa cuja emissão ainda está para acontecer.

Logo no início do mês a Agenda Cultural divulgou o nosso estaminé, infelizmente ainda com a morada antiga, mas foi muito simpático terem-nos seleccionado para representar a “cena” das bicicletas em Lisboa.

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No âmbito do “Projeto CycleCities”, participámos no 4º Seminário Inter-regional, em Lisboa, a 8 de Abril, onde fui falar de formação de condutores (de bicicleta e dos outros) em resposta à questão-tema da conferência “what can you do for cycling?“.

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Mais tarde fomos contactados pela Marta e pelo Carlos, da RTP, para ilustrarmos o uso da bicicleta no dia-a-dia numa peça sobre o antes e o depois do 25 de Abril no que aos transportes diz respeito, no Telejornal.

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E no próximo fim-de-semana iremos apresentar comunicações no Congresso Ibérico da Bicicleta!

Ufa!

Entretanto, já temos online a calendarização da escola até ao fim da época (quando fechamos para férias de verão, na 2ª quinzena de Agosto). Se querem aprender a andar de bicicleta, fazer uma reciclagem, aprender ou melhorar a condução em estradas e ciclovias, ou aprender noções básicas de mecânica, inscrevam-se quanto antes, para garantirem vaga!

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De resto, só nos falta conseguir encontrar uma data fixe para fazer uma festa de inauguração! Isso e conseguir que nos instalem um parque de estacionamento de bicicletas à porta, que a rua não tem nenhum!

Entretanto, estamos aqui:

Mapa

 

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Vamos pedalar para outra freguesia!

Após 7 anos de existência, os últimos 3 dos quais de casa aberta no nº 38 da Avenida Álvares Cabral, em Lisboa, já tinha chegado a hora, mas só agora chegou a oportunidade, de migrarmos para um novo sítio.

Por mero acaso, quando já tínhamos desistido da ideia, depois de mais de 6 meses à procura, uma cliente (mesmo sem saber do nosso apelo) falou-nos de um amigo que trabalhava numa imobiliária e que podia ter algo que nos servisse. Lá fomos, cépticos, mas tivémos sorte. Embora mais pequeno do que aquilo que precisávamos e procurávamos, era amplo, com muita luz natural, numa rua calma mas perto de tudo, tudo no R/C (que isto de acartar bicicletas escadas acima e escadas abaixo, ou passar os dias em caves não está com nada), e aparentemente sem problemas de humidade e com bom desempenho térmico. Um excelente upgrade! Conseguiríamos dispôr de melhores condições de trabalho para a nossa equipa, e simultaneamente melhorar a experiência de quem servimos. 🙂

O chão precisava de ser alterado, e havia algumas reparações a fazer, mas não exigia nada de remotamente parecido com o que tivémos que investir no primeiro atelier para ficar minimamente usável para começar (lembram-se dessa novela? As fotos lá estão, para a posteridade!).

Avançámos, felizes pelo aparente golpe de sorte, mas naturalmente receosos pelo passo maior dado, e simultaneamente excitados e frustrados pela perspectiva de “começar tudo do zero”, quando ainda tínhamos tanta coisa por fazer e por melhorar no outro sítio (e já lá estávamos há 3 anos!).

Mas lá dizia o outro, que a mudança é a única constante da vida. E só há uma coisa pior que a trabalheira da mudança, e o natural medo e ansiedade associados: o aborrecimento. A perspectiva de ter nada por fazer nem nada aonde chegar é uma seca insuportável.

Bom, vamos então mudar de freguesia (literalmente), vamos para Alvalade, ficando mesmo na fronteira com as também novas freguesias de Avenidas Novas e Areeiro. Curiosamente, viémos parar também no centro de uma zona deficitária em serviços de apoio à mobilidade em bicicleta, como se vê no mapa abaixo (somos o ponto laranja) – não sei se isto é bom sinal,… pode ser porque ninguém precisa ou se interessa pela bicicleta aqui. Por um lado, a CaP existe justamente para tentar mudar esses estados de coisas, por outro, enquanto o fazemos temos que ir vivendo. Bom, logo descobriremos, suponho.

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(E não, não foi de propósito, tinha feito este mapeamento há uns meses atrás, como base de trabalho para uma ideia de Rede Pró-Bicicletas de Lisboa. Calhou assim.)

Entretando percebemos, ao termos que actualizar a nossa página de Contactos, que é um óptimo sítio em termos de acessibilidade por transporte público, o que é muito útil (já estou a pensar no jeitão que isso dará para as Viagens a Pedal).

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Já começámos a tratar do chão, no novo atelier, e já começámos a arrumar as coisas no velho atelier.

Entretanto, para acabar o que falta, mudar tudo de sítio, e arrumar minimamente as coisas para podermos retomar o trabalho normal, vamos estar encerrados de 29 de Março a 2 de Abril, inclusivé. Esperamos conseguir reabrir dia 3, 5ª-feira! Logo que possível decidiremos e divulgaremos uma data para a “house warming party” depois. 🙂

Por enquanto as aulas de bicicleta dos níveis básicos continuarão a decorrer em Campo de Ourique, mas seria óptimo conseguir ter acesso a um espaço coberto também aqui em Alvalade! Mais uma nova luta!…

De resto, temos ainda que encontrar uma solução para a Feira de Bicicletas Maduras, já que no novo atelier não dispomos de um espaço privado que possamos ceder livremente para o evento. Vamos ver se a Junta de Freguesia de Alvalade é amigável, e interessada em ser bike-friendly, e nos autoriza a realizar a feira num jardim próximo!… Façam figas. 🙂