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Abaixo as rodinhas

Marginal Sem Carros 2011

Não, não, não ponha rodinhas na bicicleta do seu filho! Tornam a bicicleta mais pesada e mais difícil de pedalar, aumentam o atrito e cansam mais a criança, fazem um ruído desagradável ao rolar, dificultam as curvas e aumentam o risco de queda nestas, e introduzem maus hábitos que dificultarão a transição para as 2 rodas – são um último recurso, não faça delas o primeiro. A partir dos cerca de 20 meses de idade as crianças podem começar a sua iniciação no equilíbrio em 2 rodas com uma bicicleta de aprendizagem. As Early Rider (3 modelos/tamanhos, dos 119.95 € aos 149.95 €) são uma opção.

Early Rider EvolutionEarly Rider Evolution vs. ClassicEarly rider

Sabia que temos uma Early Rider Classic no ateliê, disponível para demonstração e aluguer? 🙂 Em cima pode ver uma Classic lado-a-lado com uma Evolution. Esta última tem uns pequenos apoios para os pés, é ver os miúdos a deslizar por ali a fora! 🙂

Outra opção que sugerimos são as bicicletas de aprendizagem da Puky. O modelo LR vem em 4 versões, dos 89.95 € aos 149.95 €, para crianças a partir dos 2 anos de idade. Ainda não estão listadas na loja online, mas já podem ser encomendadas na Cenas a Pedal (, 913475864). 😉

Depois quando a criança chegar aos 4 ou 5 anos pode facilmente transitar para uma bicicleta de roda 16″ sem rodinhas de apoio. Aí a sua função será ajustar a bicicleta ao tamanho da criança (selim e guiador), e certificar-se de que as manetes dos travões estão numa posição ergonómica e ao alcance fácil dos dedos da criança. É importante certificar-se de que a criança tem força e coordenação para apertar essas manetes e travar em segurança (uma alternativa é dar-lhe uma bicicleta com travão traseiro de contra-pedal, mais fácil de usar, as pernas são mais fortes). Depois é ensiná-la a arrancar, a usar os travões para abrandar e parar, e a parar em segurança. Treiná-la para saber olhar para trás e tirar uma mão do guiador sem cair tamém é importante. E se a bicicleta tiver mudanças (normalmente quando a criança chega aos 6-7 anos e passa para uma bicicleta de roda 20″), ensine-a a usá-las.

Se precisar de ajuda em qualquer destas fases (por vezes funciona melhor se for uma pessoa “de fora” a ensinar), procure-nos, nós estamos cá para isso. 🙂

O prazer que os seus filhos retiram de andar de bicicleta está muito associado à bicicleta que lhes dá. Se ela for pesada para o tamanho e força da criança, desconfortável, difícil de pegar e manobrar, as crianças ficam cansadas rapidamente e mais facilmente resistirão a sair em passeio. Se investe numa boa bicicleta para si, faça o mesmo para os seus filhos, e garanta que eles partilharão consigo o prazer de pedalar pelo mundo fora. 😉 Uma bicicleta de qualidade oferecerá uma melhor experiência de utilização, será mais durável, e manterá um melhor valor de revenda depois de usada, quando já não precisar dela.

Se procura bicicletas de qualidade para os seus filhos, quer seja para brincar quer seja para usar como transporte, contacte-nos!

Gazelle Spring 20"

Equipamos famílias inteiras para pedalarem juntos! 😀

Família com pedalada!

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Semana Europeia da Mobilidade 2011

Mais um ano, mais um Marginal Sem Carros! 😀 É já no próximo Domingo dia 18, entre as 10h e as 13h, no troço entre Caxias e a Torre.

Este ano vamos lá estar a dar assistência técnica, com o Bicycle Repair Man de novo a dar apoio nos pequenos contratempos (uma corrente que salta, um selim mal apertado, um furo, pneus em baixo, etc). Em princípio devemos ficar no mesmo sítio do ano passado, junto à curva dos pinheiros, em Caxias.

Bicycle Repair Man em acção

E devemos ter algumas cenas a pedal em exposição na tenda, paralelamente, para entreter. 🙂

Apanhem o comboio ou vão a pedalar (em grupo criam uma massa crítica que oferece uma viagem mais segura e confortável), não contribuam para a selvajaria e caos de estacionamento anárquico e congestionamento de trânsito que acontece sempre nos acessos à Marginal, causado por quem insiste em levar o carro até onde o deixarem… Passem a palavra. 😉

À tarde estaremos no Jardim Amália Rodrigues, o Bruno estará a dar os nossos mini-workshops de mecânica de bicicletas na óptica do utilizador, um sobre furos & Cia e outro sobre afinação de travões e mudanças. Querem ser uns ciclistas empoderados? Então apareçam com as vossas biclas. As inscrições são através da organização do Verde Movimento. Em paralelo, eu estarei a operar um pequeno Laboratório de Cenas a Pedal, onde poderão experimentar uma bicicleta com assistência eléctrica, uma dobrável de suspensão total, um triciclo reclinado, e mais algumas coisas. 😉 Vejam o resto da programação da SEM em Lisboa aqui.

Ah, e de 16 de Setembro a 2 de Outubro, temos duas cenas a pedal, um Viper e uma Cargo Bike Long, a integrar a exposição “Pedalar pelo Mundo da Bicicleta”, no Fórum Romeu Correia, em Almada. 🙂 «Esta exposição é uma homenagem ao fantástico universo das bicicletas e revela um pouco da história deste veículo que revolucionou o Planeta.» Na carrinha, seguiram com duas Penny Farthing do Ginásio Clube Português!

Já agora, vai ser lançado oficialmente esta 6ª-feira, “O Meu Livro de Bicicletas, uma edição da AGENEAL e CMAlmada, para o público infanto-juvenil. 🙂

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5 anos de Cenas a Pedal

Ufa, já?!

Primeiro freguês!
Primeira venda da Cenas a Pedal, Dezembro de 2006.

Pois é, faz hoje 5 anos que foi fundada a Cenas a Pedal. Parece muito tempo e, no entanto, parece que passou num instante. É o que acontece quando estamos embrenhados em algo, não damos pelo tempo a passar!

Busy booth
Primeira participação numa feira, e apresentação pública das primeiras recumbents, Março de 2007.

A Cenas a Pedal é uma consequência do nosso interesse em promover, divulgar e servir um conceito de cidade e de vida baseado nos modos activos de mobilidade, e coincidiu no tempo (se incluirmos o processo da sua incubação / preparação) com o nosso envolvimento e trabalho noutros projectos grassroots, pelo que já foram 6 anos de bicicletas e mobilidade suave quase 24 h/dia (hey, a dormir também se sonha e pensa!). (A Cenas a Pedal é o nome que damos ao principal trabalho que fazemos em conjunto (Ana & Bruno), quando é em conjunto com outras pessoas tem outros nomes, mas o trabalho é o mesmo, serve a mesma visão).

FAQ CE Júnior
Publicação do documento "O Código da Estrada e os velocípedes: Perguntas Frequentes", em finais de 2007

Principalmente nos últimos 2-3 anos esta dedicação implicou praticamente não termos vida “pessoal”.  Sacrificámos outras coisas que as pessoas normais tomam por normais entre os 25-30 anos (ter fins-de-semana e férias, manter hobbies e outros interesses, filhos, etc). Mas valeu a pena, porque olhando para trás nestes 5 anos vemos como as coisas mudaram e acreditamos que o nosso trabalho muito contribuiu para essa mudança, e era isso que pretendíamos.

Bicicleta carregada
Divulgação do conceito de bicicleta longtail, Outubro de 2007.

Durante muito tempo o blog da Cenas a Pedal era o único blog activo sobre mobilidade em bicicleta e temas relacionados. Remávamos contra a corrente falando de andar de bicicleta na cidade, de bicicletas reclinadas, de bicicletas de carga, de aprender a circular na estrada sem medo, de urbanismo à escala humana, divulgávamos iniciativas e eventos, etc, etc. Agora, 5 anos passados, basta ver toda a actividade bloguística no Planeta Bicicultura (e mais além) e os vários grupos no Facebook (tipo este, este, este, este e este, por exemplo) e outras páginas e fóruns. Já não somos os únicos ou dos poucos a falar de bicicletas de carga, eléctricas, dobráveis, reclinadas, etc. 🙂

Batidos a Pedal para MTV ver
Batidos a pedal, Outubro de 2007

A bicicleta como solução de transporte urbano tem tido cada vez mais e melhor presença nos media, com reportagens na televisão, na rádio, na imprensa e na web. A Massa Crítica tem-se expandido por mais cidades no país e engrossado em aderentes, a Cicloficina pegou, criou-se e ressuscitou-se a MUBi. O Bicycle Film Festival chegou a Portugal. Têm aparecido empresas de pedicabs, de estafetagem, e mais uma ou outra loja/empresa dedicada à bicicleta além-BTT. Ciclovias & Cia e sistemas de partilha de bicicletas têm sido uma estratégia cada vez mais popular de captar financiamentos europeus e não só. A bicicleta até já foi usada como bandeira numa campanha eleitoral na capital. Há cada vez mais eventos de confraternização, e mais eventos institucionais à roda da bicicleta ou inclusiva dela (palestras, conferências, etc).

Cruzamento
Introdução de formação em condução de bicicleta, certificada, em Junho de 2008.

Embora as instituições sejam mais lentas a aceitar e a envolver estes temas na prática, já o integraram nos seus discursos politicamente correctos (supostamente até vamos ter um Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e Outros Modos de Transporte Suaves), o que é um primeiro passo. Entretanto a sociedade civil é mais rápida e as coisas já começam a mudar. A mudança de comportamentos e de expectativas já faz parte da conversa de café, à mesa em casa, e com os colegas. A pouco e pouco, cada pessoa individualmente está a fazer a diferença. Isto chama-se mudar o mundo, e é sempre feito à escala individual.

LabCaP @ Marginal Sem Carros 2009
Lançamento do Laboratório de Cenas a Pedal, promovendo bicicletas e triciclos reclinados, patinetes, bicicletas dobráveis, bicicletas de carga, etc, Julho de 2009.

Agora já não tenho que me preocupar em divulgar ou relatar eventos, ou até novidades do sector das bicicletas, há logo uma série de gente a fazê-lo e a informação circular rapidamente. 🙂 Gosto de acreditar que contribuímos para criar esta bola de neve e imprimir-lhe momento, reduzindo o atraso da nossa sociedade. O nosso impacto não é mensurável porque toda a mudança é multifactorial, mas sei que fizémos bem a nossa parte.

A estreia do Bicycle Repair Man!
Lançamento do serviço Bicycle Repair Man, Setembro 2010.

Não é hora de descansar. Apenas de refocalizar esforços. Há muito trabalho por fazer. E muitas lutas a travar (legislação, infraestruturas, serviços públicos, etc). E em simultâneo temos que saber sobreviver e prosperar enquanto empresa, pois é ela que nos sustenta e nos permite desenvolver este trabalho (muito dele não viável comercialmente, pelo menos nesta fase), o que coloca desafios próprios. Como me disse o responsável de uma empresa holandesa de acessórios utilitários para bicicletas, um vendedor de botas num país em que toda a gente anda descalça, ou está lixado porque ninguém lhe vai comprar o que ele quer vender, ou o potencial é gigantesco, depende de como encara a situação. E nós, desde o início, estamos nessa situação.

Inauguração do ateliê, Maio de 2011.

O potencial para a nossa visão de uma cidade e de um estilo de vida baseados nos modos activos de mobilidade é enorme, mas ainda estamos na fase de mostrar às pessoas o como e o porquê, num contexto cultural, social, legislativo, fiscal, e estrutural que lhes incentiva e promove o contrário, por isso a evolução é muito lenta. Principalmente porque as autarquias e o Governo, que têm o poder para despoletar e viabilizar mudanças, não têm vontade de o fazer. A nossa visão de cidade, que é, felizmente, partilhada por muito mais gente, só vai ser uma realidade quando quem ganha dinheiro com a cidade actual o puder e souber fazer no contexto dessa visão. Por isso temos que trabalhar para que se envolvam na bicicleta como meio de transporte utilitário e recreativo pessoas e empresas que a encarem antes de mais como uma oportunidade de negócio, e de auto-sustento, e não necessariamente só ou também, depois, como uma batalha filosófica ou política, mesmo que isso nos faça comichão. 😉 Sabendo, claro, que quem faz as coisas com paixão e convicção marcará sempre a diferença indo mais além, mais cedo, melhor, e por mais tempo.

Feira de Bicicletas Maduras
Lançamento da Feira de Bicicletas Maduras, Maio de 2011.

Para os próximos 5 anos esperamos poder contribuir em igual proporção para a mudança de paradigma da sociedade centrada no automóvel como primeira opção de transporte para a sociedade centrada no andar a pé e de bicicleta. Esperamos conseguir expandir e desenvolver os nossos serviços actuais, e oferecer outros novos. Para isto a Cenas a Pedal terá que crescer, deixar de ser apenas a Ana e o Bruno, mas uma equipa coesa de várias pessoas com diferentes e complementares valências. Encontrar, cativar e manter essas pessoas, que terão que reunir um conjunto de características, aspirações e competências pouco comuns, além de afinidade mútua, será o nosso maior desafio. Por agora, a gestão, comunicação & decisão num núcleo a dois é superfácil e eficiente, e confortável, alargar o grupo de trabalho confrontar-nos-á com novos desafios e responsabilidades. Mas o caminho é para a frente, e para realizarmos a nossa missão com mais impacto teremos sempre que crescer. O novo site, actualmente em desenvolvimento, assinalará essa nova fase.  Entretanto, algures nesse caminho, esperamos também conseguir arranjar tempo livre para desfrutarmos mais daquilo por que temos andado, afinal, a batalhar: andar de cenas a pedal. 🙂

Entretanto, 24 de Setembro é dia de assinalar estes 5 anos! 🙂 Divulgaremos o programa do dia brevemente!

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O nosso fim-de-semana

No Sábado lá fomos para o Seixal, participar na Mostra de Veículos Ecológicos (ou quase, dificilmente um automóvel é um “veículo ecológico”, mesmo que seja ‘híbrido’, por mais greenwashing que usem para convencer as pessoas do contrário). Tudo o que o fazemos tem um impacto no ambiente, até as bicicletas, mas das alternativas ao dispôr actualmente, as bicicletas continuam a ser o veículo mais “ecológico” que existe, e a Cenas a Pedal esteve nesta Mostra a representá-las. 🙂 Ao mesmo tempo, desenvolvemos dois workshops de condução de bicicleta para crianças e jovens, para que aprendam a usar correctamente os seus veículos ecológicos. 😉

Workshop “Vou de bicicleta”

Nesta Mostra expusémos a bicicleta de cauda longa Surly Big Dummy com kit BionX, o triciclo de transporte de crianças e/ou carga Christiania, a bicicleta dobrável Birdy City Premium, o triciclo reclinado KMX Viper, a bicicleta de mãe Gazelle Bloom, e a bicicleta de transporte de crianças e/ou carga Bakfiets Long.

Cenas a Pedal na Mostra de Veículos Ecológicos

De manhã houve o Workshop “Mini-clínica de bicicleta”, para os mais pequenos, onde o objectivo foi melhorar o controlo da bicicleta por parte das crianças, e à tarde o Workshop “Vou de bicicleta”, para crianças e adolescentes, que visou trabalhar as competências básicas de controlo da bicicleta e depois introduzi-los à condução em estrada, rumo à sua autonomização e maior segurança.

Workshop “Mini-clínica de bicicleta” Workshop “Vou de bicicleta”

Os instrutores tiveram que partilhar um veículo, e a Big Dummy dá um excelente velo-táxi! 🙂

Os instrutores!

O resto das fotos está aqui.

No Domingo foi a vez da Semana Europeia da Mobilidade de Oeiras, com o Marginal Sem Carros, que pelos vistos este ano até tinha trailer! 🙂

Aqui estivemos também a divulgar soluções de mobilidade em bicicleta para famílias, pessoas com necessidades especiais, commuters, empresas, etc, incluindo os serviços de formação e de assistência técnica.

Cenas a Pedal & Bicycle Repair Man

O Bicycle Repair Man esteve lá de serviço a ajudar o pessoal que aparecia com parafusos para apertar, pneus para encher, furos, etc, etc.

Bicycle Repair Man em acção
Bicycle Repair Man Mobile!

Mais fotos aqui.

Para compensar o facto de não podermos ter ido nós também aproveitar a Marginal Activa, tivemos no final a visita de vários amigos que ficaram connosco a arrumar o estaminé e a dar dois dedos de conversa que nos foi distraindo do cansaço. 🙂 Obrigada, pessoal! 😉

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Semana Europeia da Mobilidade 2010 – o que há de novo

Começou ontem a SEM, dia 16, e termina dia 22, com o Dia Mundial Sem Carros. Portugal conta com 66 cidades participantes. O programa de Oeiras é fraquinho, embora conte com o mui relevante “Marginal Sem Carros“, o de Cascais é feito estilo “encher chouriços”, qualquer coisa “verde” ou que envolva bicicletas ou andar a pé é lá metido, mesmo que seja desporto e não transporte, mas enfim. A medida permanente anunciada é a abertura do paredão de Cascais à circulação legal de bicicletas, anunciada no final de 2009.

INAUGURAÇÃO DO CORREDOR CICLÁVEL DO PAREDÃO

O presente projecto teve origem nas consecutivas pressões/reclamações que os utilizadores de bicicletas fizeram para a permissão da circulação das mesmas no paredão. A proibição de bicicletas no paredão foi efectivada desde 2005, na sequência de ter havido acidentes graves com peões devido à falta de sensibilidade e civismo por parte dos utilizadores deste espaço. O facto do paredão ser um local que permite a aproximação da natureza numa óptica de usufruto do espaço público de uma forma sustentável, associado à proximidade do mar encoraja os utilizadores à prática de actividades ao ar livre promovendo a saúde e o bem-estar. Nesta óptica, e na tentativa de não excluir qualquer tipo de utilizadores elaborou-se esta proposta onde se salvaguarda os interesses e a segurança de ambas as partes.

O uso da bicicleta deve constituir uma alternativa ao automóvel nas deslocações diárias, assim como uma actividade de recreio e lazer. Estamos na era da sustentabilidade, da qualidade de vida e da mobilidade urbana sustentável, estando implícito que as autarquias têm que oferecer alternativas de mobilidade amigas do ambiente. Neste âmbito, o facto de se permitir a circulação de bicicletas no paredão permite também a extensão da rede ciclável existente na vila, possibilitando a ligação do Estoril ao Guincho/Areia em bicicleta. O desenvolvimento destas redes cicláveis um pouco por toda a Europa atesta a atractividade e a procura crescente destes espaços lineares por parte dos residentes em áreas urbanas, que os utilizam não só numa óptica de recreio e lazer mas também como fonte de bem estar físico nas suas deslocações diárias. Entende-se, assim que este projecto irá contribuir para a qualidade de vida dos utentes e da qualidade do ar, promovendo-se em simultâneo o turismo da vila de Cascais.

DESCRIÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA

A proposta consiste essencialmente, na definição de um corredor ciclável bidireccional com 2,20m de largura, salvaguardando-se um mínimo de 2,00m de afastamento ao muro que delimita o paredão do lado terra. Este afastamento é variável em função do equipamento existente. Foi um princípio de concepção do projecto a não relocalização do equipamento existente. Entre o corredor e o lado mar é garantido um corredor pedonal com o mínimo de 2,50m. O corredor ciclável é constituído por 4 troços, a saber:

  • Troço 1 – compreendido entre o Escotilha Bar e Bar Baiuca – 270m;
  • Troço 2 – compreendido entre o Bar Pica e o Jonas Bar – 480m;
  • Troço 3 – compreendido entre os Bares do Tamariz e Restaurante Bolina – 190m;
  • Troço 4 – compreendido entre o Restaurante Bolina e o Snack-Bar Surpresa – 290m.
  • Nas restantes áreas do paredão não foi definido qualquer corredor devido ao facto de não reunirem as condições estabelecidas no projecto.

    1. ZONAMENTO

    Consequentemente, foi estabelecido um zonamento que atribui ao paredão três usos distintos, a saber:

  • Corredor ciclável, onde deverão circular as bicicletas, peões com patins, trotinetas ou outros meios análogos de acordo com as “Regras de Circulação de Velocípedes no Passeio Marítimo de Cascais (Paredão)”, definidas pelo Exmo. Senhor Presidente( em anexo);
  • Área de circulação pedonal que constitui toda a envolvente do corredor ciclável e que compreende as áreas com equipamento. As bicicletas poderão circular neste espaço desde que transportadas pela mão;
  • Área de circulação mista que constitui os espaços de transição entre os troços do corredor ciclável e onde o conflito entre a diversidade de utentes é maior devido ao estrangulamento do espaço. As bicicletas poderão circular desde que transportadas pela mão.
  • O projecto contempla também a colocação de painéis informativos junto do início/final dos troços dos corredores cicláveis. Os painéis informativos de dupla face contemplam as regras de utilização dos corredores cicláveis e do paredão, o mapa e a explicação do grafismo utilizado na demarcação do corredor ciclável.

    Vamos ver no que isto dá. Enquanto isso, cá em cima na Marginal nada acontece.

    Almada tem um programa cheio, como já é tradição:

    Viaje bem, Viva melhor» é o tema da SEM 2010, iniciativa que, em Almada, celebra o seu 10º aniversário. Com o envolvimento de dezenas de entidades locais e nacionais, a Semana apresenta um amplo programa de actividades, que pretende promover e dar a conhecer soluções de mobilidade quotidiana mais amigas do ambiente, que criem uma vivência da cidade mais saudável e sustentável.

    A destacar no programa da SEM 2010, a dinamização, no dia 18 de Setembro, Sábado, do primeiro Festival da Mobilidade® do País, que decorrerá bem no centro de Almada. Em 10 palcos dedicados à mobilidade, muitas actividades para todos os públicos estarão a acontecer entre as 10H00 e as 24H00, nas Praças da Liberdade e S. João Baptista. Concertos, oficinas, exposições, desporto, dança, animação de rua, bicicletas e veículos amigos do ambiente, projecção de filmes, e até uma feira de petiscos, farão parte deste Festival, que terminará com um grande concerto dos Expensive Soul, com início às 22H00.

    A Câmara Municipal de Almada sugere a consulta dos programas completos de actividades da Semana Europeia da Mobilidade e do Festival da Mobilidade que seguem em anexo e convida todos os interessados a participar nestas iniciativas de promoção de uma mobilidade mais sustentável, agradecendo também a sua ampla divulgação.

    Mais informação sobre os 10 anos desta iniciativa em Almada em http://www.m-almada/ambiente

    Venha celebrar connosco!

    O Seixal também participa, anunciando algumas medidas e oferecendo um conjunto de actividades, entre visitas, passeios e workshops de condução de bicicleta para os mais novos (a cargo da Cenas a Pedal – ainda estão a tempo de inscrever os vossos piquenos!).

    E Lisboa, a capital do país, propôs um programa interessante de medidas e algumas actividades, embora se tenham esquecido de o divulgar (a única coisa que passou para os media foi, aparentemente, um passeio desportivo – 34 Km – de bicicleta). Hoje já está uma notícia no site da CML mas sem informação, e o link não funciona… bug do meu Firefox, o ficheiro está disponível! 🙂 Bom, não percam o Lisboa Down Tunnel, parte do programa!