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A vida sem carro

Cada vez encontro mais casos destes referidos pela web. Têm-me inspirado. Quando for grande também quero ser assim: viver perto do trabalho, ir para todo o lado de bike e raramente ter que recorrer a um carro. 😉 De certeza que poupo no ginásio e nos médicos, com o exercício e a vida ao ar livre. E as férias a viajar de bicicleta também? Ah, sublime. 🙂

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Amoladores itinerantes à moda antiga

Um negócio literalmente movido a pedal. Este, infelizmente, em extinção… São os amoladores. Lembram-se daqueles homens que de vez em quando passavam lá pela rua, reconhecíveis à distância pelo seu realejo típico, trazendo uma bicicleta? Ligo essas memórias à minha infância. Quando se ouvia aquela música era para ir buscar as tesouras, facas e até guarda-chuvas para arranjar ou afinar. 🙂 Agora estamos na era do usar e deitar fora em vez de arranjar porque comprar novo é tão barato, às vezes até mais barato do que mandar arranjar!

«Os últimos amoladores

Há alguns anos trás era vulgar vê-los a percorrerem as ruas das cidades. Hoje são verdadeiras raridades e há mesmo quem já não se lembre do som do realejo que os anuncia. Os amoladores são uma profissão em vias de extinção.

Durante muitos anos percorreram as ruas e estradas do velho Portugal anunciando, através do som inconfundível do realejo, o arranjo imediato de guarda-chuvas, sombrinhas, tachos, panelas, facas e tesouras. (…)

Em tempos não muito remotos, os amoladores pululavam um pouco por todo o lado, eram presença assídua e familiar nas aldeias portuguesas e não tinham mãos a medir para satisfazer os clientes da sua área de residência. Actualmente, garante José Martins, “não serão mais de uma dúzia” os que ainda se dedicam à actividade, metendo os pés ao caminho, numa vida de autênticos saltimbancos. “Penso que é uma profissão com os dias contados. Acha que, hoje, há algum jovem que se queira sujeitar a andar na rua a tocar realejo?”, questiona. (…)

Depois do realejo, solta-se o pregão “Amolador à porta. Arranja-se guarda-chuvas, sombrinhas, facas, tesouras. Se tem para arranjar, é hoje”. Nas suas típicas bicicletas, sobressai a pedra de esmeril, usada para amolar através de um engenhoso sistema movido pelos pedais.

Mas nas mesmas bicicletas, e além de varetas, alicates, arrebites e toda a ferramenta necessária para “acudir” a um guarda-chuva, a uma tesoura ou a um tacho, os amoladores carregam igualmente memórias e melodias que marcaram várias gerações. “Sabe quando passa na rádio uma música antiga, que já não se ouvia há muito? É o mesmo que acontece quando aparece o som do realejo dos amoladores”, afirmou à Lusa, nostálgico, um transeunte.»

[Fonte: O Primeiro de Janeiro]

Há as versões nómadas mas também as sedentárias. 😉

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Mais da Locust e da One

Um update a este post sobre novas ideias de design de bicicletas dobráveis:

Entrevista com o designer da Locust no RideThisBike.

O designer da One tem um novo site, lá há mais info e imagens desta bicicleta. [Via] (Obrigada ao Hugo Jorge pela dica. 😉 )

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Portugal de skate

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Não sei se foi inspirado na aventura BoardFree do Dave Cornthwaite, que fez duas grandes viagens de skate (numa longboard) em 2006, uma de 1450 km, em Inglaterra, e a outra de 6300 km, pela Austrália. Inicialmente a ideia era “apenas” sair da rotina do seu emprego “9 às 5”. Mas ao perceber a atenção que tal odisseia atraía o Dave decidiu redireccionar o interesse das iniciativas para três obras de caridade para crianças, a par da promoção do desporto com skates e afins.

A iniciativa Portugal de Skate levará dois atletas, Eduardo Abalada e António Bossa, a percorrer Portugal de Norte a Sul de skate. Recorrendo a diferentes modelos consoante as condições do percurso e, presumo, as preferências pessoais do momento, estes skaters passarão por 52 concelhos, fazendo mais de 1000 km em cerca de 73 dias. A ideia é contagiar mais praticantes que os possam acompanhar em diferentes etapas. Fixe, não é? 🙂

Lembra-me uma outra iniciativa, a Take a Seat.

«one tandem. one camera. twenty thousand miles of possibilities.»

Um tipo numa bicicleta de dois lugares, numa viagem desde o Alaska até à Argentina. A ideia é ir convencendo pessoas pelo caminho a pedalarem com ele durante as etapas.

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Empreendedores precoces

Achei esta história simplesmente deliciosa. 🙂

Isaac Martinotti (12 anos) e Isaac Bailey (13 anos), são dois amigos que partilham o primeiro nome e o gosto por trabalhar com bicicletas. Os dois miúdos aperceberam-se de que nenhum dos seus amigos sabia reparar bicicletas, por isso converteram a garagem do Isaac B. numa oficina de bicicletas própria, a I.A.I. Bike Repair (como em Isaac & Isaac), e estão prontos para o negócio.

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Os Isaacs levam a sua oficina a sério.

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Asseguraram um fornecedor de peças, todas as 5ªs-feiras eles enchem o seu atrelado com peças velhas do Centro de Ciclismo Comunitário (CCC) ali próximo, a 5 $ por tudo o que se conseguir carregar. Quanto a ferramentas, investiram a sua mesada num conjunto novo, e até as sabem usar. O Isaac B. completou um curso no CCC e o Isaac M. teve uma disciplina de soldadura na sua escola. Frequentemente procuram ainda os sábios conselhos e ajuda dos técnicos de uma loja/fábrica/oficina (?) da zona. Os rapazes até encontraram um velha caixa registadora abandonada em frente a uma casa ali próxima, de borla, e funciona. 🙂

Sempre ocupados, vários amigos deixam lá as bicicletas enquanto o Jonathan (autor do texto) os esteve a visitar – reparar um pneu furado, colocar uma nova roda, etc – e entretanto os dois Isaacs vão trabalhando noutras bicicletas que esperam trocar por alguns cartões de visita e panfletos publicitários.

Segundo os próprios, a especialidade do Isaac B. é a pintura com spray de peças e a do Isaac M. é o ajuste de travões.

O Jonathan cruzou-se com a mãe do Isaac B. numa loja, ela estava a comprar um livro de facturas (é mesmo sério!) e disse-lhe que estava muito contente por eles estarem tão envolvidos neste projecto, em vez de simplesmente andarem por aí nas ruas. Disse ainda que eles se estavam a divertir muito com aquilo e que o filho até lhe tinha perguntado se podiam fazer alguns anúncios publicitários!

Eheheh, muito fixe. 🙂 Alguém conhece um caso similar em Portugal? 😉