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Bicicletas nos comboios da linha do Oeste de borla

Via FPCUB:

«Agora que o Verão se aproxima, a CP convida-vos a passear de comboio pela região Oeste, onde o mar e o campo se combinam em apelativas tonalidades! Especialmente para os entusiastas do cicloturismo, a CP possibilita o transporte gratuito de bicicletas nos comboios do serviço Inter-regional e Regional da linha do Oeste, e para aqueles que pretendam viajar em grupo, relembramos que poderão fazê-lo mediante condições especiais. Para obter informações sobre as condições para transporte de bicicletas, e para viagens de grupo deverão contactar os nossos serviços através do telefone n.o 211 021 166, ou via e-mail para afmanso @ mail . cp . pt ou ltmendes @ mail . cp . pt. Esperamos contar com a vossa companhia em breve!
GESTÃO DE LINHA DO OESTE E RAMAL DE TOMAR
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Notícias Transportes Públicos

Metro Lx dá mais uma hora aos ciclistas

Actualmente, o Metropolitano de Lisboa permite o transporte de bicicletas (gratuito) nos dias úteis a partir das 21h30, e aos Sábados, Domingos e feriados a qualquer hora. Segundo a FPCUB, a empresa atendeu ao seu pedido e alargou o horário de transporte de bicicletas nos dias úteis 1 hora, antecipando o seu início para as 20h30, a partir de 1 de Junho de 2007.

O trabalho da Federação tem sido o “água mole em pedra dura…”.

Quem sabe um dia ainda veremos o Metro (e a CP) tomarem medidas realmente sérias e passarem a oferecer uma carruagem por composição preparada para as necessidades de todos os utentes com necessidades especiais de espaço e movimentação: pessoas com bicicletas, com carrinhos de bebé, trolleys de compras, malas de viagem, cadeiras-de-rodas… “I have a dream“. Eheheh, actually, I have lots of dreams. 😉

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“É um Enrique Peñalosa ali para Lisboa, se faz favor.”

Há pessoas e projectos que nos inspiram. Que nos dão esperança de que é possível fazer diferente, esperar diferente. Que nos dão confiança para fazermos também coisas loucas e grandiosas. O Enrique Peñalosa é para mim uma referência incontornável, e o seu exemplo algo que me alenta os sonhos.

Esta entrevista (versão longa) é absolutamente imperdível. Se tivesse tempo legendava-a em português para que mais pessoas pudessem perceber que o problema de Portugal não é falta de dinheiro, nem de meios, mas sim de inteligência colectiva e pessoas com visão.

«O conflito nas cidades, hoje, é entre os carros e as pessoas. Não se pode ter cidades amigas das pessoas e amigas dos carros, tem que se escolher.»

«Temos que escolher como queremos viver.»

«As cidades existem há 5000 anos, os carros há 80. As cidades sempre foram pedonais, e era assim que eram funcionais. Uma cidade pedonal é amigável para os seus utentes mais frágeis e vulneráveis. Não podemos resolver o problema da mobilidade nas cidades com carros, é simplesmente impossível, não funciona.»

Em apenas 3 anos o “Presidente da Câmara” de Bogotá, Enrique Peñalosa, mudou a maneira como a sua cidade tratava os seus cidadãos “não-motorizados” restringindo o uso do automóvel e instituindo um sistema de autocarros rápidos (com vias exclusivas) que agora transporta 500 000 pessoas diariamente. Entre outros melhoramentos: ele alargou e reconstruiu passeios, criou grandes espaços públicos, e implementou uma rede de mais de 150 Km de ciclovias protegidas (um símbolo de que «um cidadão numa bicicleta de 30 $ é tão importante quanto um cidadão num carro de 30 000 $». E ele teve que lidar com enorme resistência à mudança, protestos, etc.

Eles querem ainda banir totalmente os carros durante as horas de ponta. Actualmente fazem um “Dia Sem Carros” todas as semanas.

«Em apenas 6 anos, de 0.2 % de pessoas a usar a bicicleta diariamente, em Bogotá, passou-se para 5 %. Há agora 400 000 pessoas a andar de bicicleta na cidade, todos os dias.»

«Nós subestimamos o poder dos sonhos. O mais difícil é sonhar e criar um sonho colectivo ou uma visão partilhada. É tempo de arriscar em grande e fazer algo novo, uma nova [insert portuguese city name here]».

A versão curta está no YouTube:

Versão legendada (aberta a revisões 😉 ):

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“‘Free’ bike schemes harm cycling”?

Ainda relacionado com os programas de bicicletas gratuitas, nomeadamente com o Bicing e as queixas que esta iniciativa suscitou por parte das empresas a operar negócios de aluguer em Barcelona, foi publicado na BikeBiz n.º 15 um artigo de opinião pelo Michael McGettigan, um empresário do ramo:

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É uma perspectiva interessante e importa perceber se estes efeitos negativos se verificam realmente. Repensei o caso, e acho que se as iniciativas tipo Bicing forem globalmente positivas para a causa do serviço público de transportes e para a causa de pôr mais gente a usar a bicicleta (sua ou pública) nas suas deslocações diárias, devem ser apoiadas sem constrangimentos. É um progresso (dos verdadeiros), e não pode ser impedido por interesses privados circunstanciais. As coisas mudam e evoluem. As empresas e as pessoas têm que se adaptar, mudar a sua área de actuação ou substituí-la por versões adaptadas às novas condições. Perdem-se empregos num lado mas criam-se noutro, e é assim que deve ser. Se a indústria automóvel tiver uma recessão (como deveria provavelmente ter) as pessoas e as empresas que serão afectadas serão contrabalançadas por outras pessoas e empresas que se dedicarão a novas oportunidades de negócio, nomeadamente relacionadas com outras formas de locomoção, como as bicicletas. 😉

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Bicing

O Miguel, do Menos1Carro descobriu uma boa notícia dos nuestros hermanos.

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O Bicing, a começar com 200 bicis em 15 estações, com o objectivo de chegar às 3000 em 100 estações no final de 2007, é um serviço de empréstimo de bicicletas. O público alvo são os residentes de Barcelona, para os incentivar a usá-las em pequenas deslocações na cidade, deixando o carro na garagem. Os turistas continuarão a ter as bicicletas de aluguer dos operadores turísticos. O target são, assim, as viagens utilitárias e não as de ócio.

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O serviço de membership custa 24 €/ano (6 € até 1 de Julho!) ou 1 €/semana, e dá direito a um cartão que serve para levantar e depositar as bicicletas (por isso não é um serviço de aluguer mas sim de transporte público, os cartões são como o passe social). A primeira meia hora de cada utilização está incluída na anuidade. Períodos extra até ao máximo total permitido de 2 horas são cobrados a 0,30 € / 30 minutos.

Já há queixas, no entanto, por parte das empresas de aluguer por causa dos preços tão reduzidos, da colocação de estações em locais turísticos e da concorrência desleal deste sistema público. Sou totalmente a favor desta iniciativa, mas acho que os interesses dos operadores privados também têm que entrar na equação, tentando alcançar um compromisso que seja vantajoso para o público mas que não mate o ganha-pão de sectores de actividade inteiros.

O design das bicicletas é único, para desencorajar o roubo, e terão 3 mudanças, selim regulável em altura e luzes que se ligam automaticamente ao anoitecer (cool!). Uma “visita guiada” às specs destas estas bikes aqui:

O operador, que detém a exploração e os direitos de publicidade do Bicing pelos próximos 10 anos, é a Clear Channel, através do projecto SmartBike, em funcionamento noutras cidades europeias tais como Oslo, Estocolmo e Lyon.

Fonte: Barcelona Yellow

Um vídeo aqui, associado a esta notícia.

Outro vídeo de uma reportagem da TVE aqui:

E para quando um “Mover-se de Bicicleta por Lisboa“?… 😉