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Commute Orlando

Encontrei um site fantástico:

Commute Orlando: Encouragement, Education & Advocacy for Bicycling in the Real World

This site is dedicated to Orlando Metro Area cyclists who are currently using their bikes for transportation, or want to. Commuting by bike is a great way to save money, get exercise, unwind and feel like you’re doing something good for yourself and the environment.

Comecem por aqui: The Confident Cyclist

O blog também é muito bom, debruça-se bastante com as questões da condução e das infraestruturas. Não percam estes posts:

What’s wrong with this picture?
Be like Portland? No Thanks!
Video: the case for leaving wide lanes alone

Noutro site, mas de um dos mesmos autores:

Driving Your Bike
Like a Car, Only Slower

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CCB no MyGuide

Soube deste site – MyGuide, durante um evento qualquer sobre empreendedorismo em que participei há uns tempos atrás. E agora, na semana passada, fui contactada por eles pois queriam incluir o nosso Curso de Condução de Bicicleta no guia. Giro, não é? 🙂 E ora aí está:

E até nos incluíram na sua newsletter! Very cool! 🙂

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CCB em destaque no site da BikeMagazine

Pois é, um artigo sobre o nosso Curso de Condução de Bicicleta (não pensaram que era o Centro Cultural de Belém, pois não? 😉 ) esteve durante uns dias em destaque no site da revista nacional BikeMagazine. 🙂

[Agora já há outra notícia mais recente em destaque, sobre os sapatos MBT (Masai Barefoot Technology) que, a propósito, são mesmo muito confortáveis e podem ser adquiridos em Portugal através da “*Coisas da Rita” (tem um ponto de venda em Lisboa). Eu sei porque cheguei a ir lá experimentar esta invenção tecnológica no ano passado (hmmm, ou terá sido já em 2006?…). 😉 Não cheguei a comprar na altura mas fiquei bem impressionada…]

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Introdução aos cursos de condução de bicicleta da Cenas a Pedal

Qualquer que seja a sua idade, nível actual de habilidade ou antecedentes com bicicletas, os nossos cursos têm algo para lhe oferecer. Quer não seja capaz de se equilibrar numa bicicleta, esteja a voltar ao seu uso após um interregno, ou seja um ciclista regular que quer desenvolver mais as suas competências.

Em Portugal não há um programa nacional de formação em condução de bicicletas, e é algo ainda muito raro junto dos operadores privados. Para contribuir para colmatar esta lacuna “importámos” o padrão nacional britânico de condução de bicicletas e adoptámo-lo como base dos nossos cursos.

O padrão nacional britânico, em que somos certificados pelo CTC, inclui formação para adultos bem como para crianças (a partir dos 10 anos de idade), e é desenvolvido na estrada em cenários reais de tráfego, sob supervisão. Formação de alta qualidade levada a cabo por instrutores habilitados e certificados desenvolverá ciclistas hábeis e confiantes que terão as competências para gerir todas as condições de estrada e de trânsito em segurança.

Quanto custa?

A estrutura dos cursos será apresentada dentro das próximas semanas, incluindo número e duração das sessões, preços e material e vantagens incluídas, descontos, etc. Para referência, as sessões implicarão um investimento de cerca de 25 € por hora, isto para um serviço personalizado que inclui deslocação do instrutor e formação no local de escolha do cliente.

O que é o ‘Padrão Nacional’ britânico?

É um programa de formação para ensiná-lo a conduzir uma bicicleta na estrada em segurança e com confiança, com respeito pelos outros utilizadores da estrada. Os 3 níveis diferentes são como se segue:

Nível 1 – desenvolvido num ambiente controlado, longe de estradas e de tráfego. Os ciclistas são formados geralmente em grupos de 3 a 12 pessoas, mas também há formação individual. Cobre as competências básicas de controlo da bicicleta incluindo arrancar e pedalar, parar, fazer manobras, sinalizar e usar as mudanças.

Nível 2 – Formação em estrada para aqueles que completaram o Nível 1 e que estão prontos para progredir. Oferece experiência real no uso da bicicleta e leva os formandos a sentirem-se mais seguros e capazes de lidar com o trânsito em pequenas viagens pendulares para o trabalho ou para a escola, por exemplo. A formação é desenvolvida em pequenos grupos e ao longo de uma série de sessões.

Nível 3 – desenvolve as competências básicas e treina os ciclistas para fazerem viagens numa variedade de condições de tráfego de uma forma competente, confiante e consistente. Ciclistas que atinjam o padrão do Nível 3 serão capazes de lidar com todo o tipo de condições da estrada e situações mais complexas. O curso cobre lidar com perigos, fazer análises de risco dinâmicas (“na hora” e em movimento) e planear percursos para deslocações mais seguras.

Elementos adicionais

Serão cobertos alguns elementos extra ao padrão nacional para melhorar a formação dos ciclistas, dependendo das suas necessidades pessoais (circular à noite, manter a bicicleta em segurança, etc).

Informação mais detalhada dos cursos será disponibilizada progressivamente ao longo das próximas semanas.

Estes cursos são apenas uma introdução ao prazer, à liberdade e ao estilo de vida saudável que o uso da bicicleta pode trazer. É importante que, depois de completada a formação, continue a usar a bicicleta para criar e acumular confiança e experiência. A FPCUB e diversas outras entidades organizam regularmente passeios e actividades (desportivas ou de convívio e lazer) que podem desenvolver a sua formação e aumentar a sua experiência em bicicleta após o fim do curso.

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Formação em condução de bicicleta: o como e o porquê

Após termos anunciado o novo serviço de formação em condução de bicicletas, foi-nos colocada a questão dos ‘como’s e ‘porquê’s. Aqui ficam.

Este post faz sentido lido após os anteriores “Aprender a andar de bicicleta” e “Live blogging! Directamente da Cordoaria Nacional ;-P

O background

Não me lembro de me preocupar com isso quando era criança ou mesmo durante a adolescência, mas desde que retomei a utilização da bicicleta após um intervalo de alguns anos que coincidiu com uns problemas de saúde e com a faculdade, que o interesse surgiu e foi aumentando progressivamente.

Em diversas situações no trânsito, em troços ou sistemas particulares da estrada perguntava-me a mim mesma qual seria a forma mais segura, eficaz e confortável de agir, de passar por ali. Isso levou-me a pensar no assunto, a observar, a estudar, fui investigando… Ainda estou a investigar e a aprender (é daquelas coisas que nunca terminam!). 🙂 Entretanto li muitos relatos pessoais, deambulei por muitos sites dedicados a este tema, vi vídeos, diagramas e animações que me ajudaram a pensar de outra forma nas situações de trânsito. Também li alguns livros, os “incontornáveis”, o Cyclecraft do John Franklin, o City Cycling do Richard Ballantine, o Effective Cycling do John Forester (bom, este é um calhamaço por isso a leitura é mais de consulta, a work in progress),…

Nestas minhas investigações fiquei a conhecer actividades de formação em condução de bicicleta no Reino Unido, nos EUA, no Canadá, em Espanha, em França,… Iniciativas a nível governamental, de ONGs e associações desportivas, e de empresas. Comecei, juntamente com o Bruno, a pensar em começar cá algo do género, dadas as lacunas que foram sendo detectadas. Entretanto em conversas com amigos ligados à “cena das bicicletas”, também eles utilizadores regulares da bicicleta como meio de transporte, descobrimos que havia mais gente a pensar nisso. 😉 E resolvemos unir esforços e avançar com o projecto.

Fizémos um exaustivo benchmarking e decidimos adoptar o modelo britânico e o seu National Standard. O próximo passo foi fazer o curso de instrutores para aprofundar a nossa aprendizagem, consolidar e certificar a nossa experiência e conhecimentos obtidos empiricamente, e aprender processos e técnicas de pedagogia. Foi uma experiência muito enriquecedora e compensadora. 🙂 A fase seguinte está a ser a adaptação e desenvolvimento de processos e materiais,… e praticar! Muitos meses de preparação, de estudo, de reuniões, de desenvolvimento… por uma excelente causa. 🙂

Estamos todos muito entusiasmados com isto porque sentimos que estamos a trazer algo de novo e muito válido para o nosso país, que poderá contribuir para que mais pessoas vençam os seus receios e adoptem a bicicleta como meio de transporte regular, e o façam com confiança e em segurança. O lema e objectivo global do National Standard britânico, e que a Cenas a Pedal subscreve totalmente é: Mais pessoas a pedalar, mais frequentemente e em maior segurança.

Porquê o modelo britânico?

Relativamente ao modelo canadiano – o CAN-BIKE, por exemplo, o britânico tem uma estrutura simplificada e orientada para resultados (os “outcomes”). Provém de uma organização com uma longa história e com um papel bastante pró-activo na sociedade inglesa, e obteve o apoio e a colaboração de diversos sectores da sociedade, sendo que é actualmente um programa a nível governamental. O CAN-BIKE é algo oferecido pela Associação Canadiana de Ciclismo desde 1985 e tido como padrão nacional mas não é algo integrado a nível governamental. Nos EUA, passa-se algo similar com a Liga de Bicicletistas Americanos. A proximidade geográfica e cultural também teve uma influência determinante na escolha de qual o modelo a adoptar como ponto de partida.

O Padrão Nacional britânico é a nossa base, mas procuraremos incluir input de outras ideias e experiências na evolução do nosso projecto, sempre com o objectivo de o adaptar ao nosso contexto cultural, legal, económico e social.

O National Standard partiu de uma organização pioneira a nível mundial no que toca à representação e defesa dos direitos dos ciclistas, que existe desde 1878 e conta com 60.000 membros. O Cyclists’ Touring Club (CTC) desenvolveu e propôs ao governo britânico um programa nacional de formação de ciclistas em 1936. O objectivo era reduzir a sinistralidade rodoviária crescente derivada do grande aumento do trânsito na estrada verificado nesse período. Mais de 10 anos depois, o Cycling Proficiency foi implementado. Este programa era coordenado por uma organização de beneficiência e só ensinava os ciclistas – geralmente crianças em idade escolar – a fazer manobras no recreio da escola ou longe do tráfego (um bocado o que a PRP faz actualmente cá em Portugal) e funcionou até 1974. Desde essa altura que a formação em condução de bicicleta para objectivos de segurança rodoviária passou a ser responsabilidade das autoridades locais, enquanto que uma série de outros programas foram surgindo em outros sectores como o da saúde. Em 2002, antes da criação do Programa de Formação em Condução de Bicicleta para Adultos para os Departamentos de Transporte e de Saúde, o CTC fez uma revisão do estado nacional da oferta de formação em condução de bicicleta e apresentou uma série de recomendações aos ‘policy makers‘. Estas propostas foram subsequentemente integradas nas políticas nacionais. Actualmente o National Standard está sob a custódia da Cycling England, uma organização criada para implementar as políticas governamentais na área da promoção da utilização da bicicleta. O Bikeability é o nome do National Standard para o consumidor, é o produto de marketing criado para significar algo junto das pessoas e ocupar o lugar do Cycling Proficiency.

O National Standard tem sido desenvolvido por todos os órgãos envolvidos na formação em condução de bicicletas e é apoiado pelo Governo britânico, pelas autoridades locais, bem como por organizações de utilizadores de bicicleta e de segurança rodoviária. O novo National Standard forma ciclistas para serem competentes e confiantes na utilização das suas bicicletas para todo o tipo de deslocações.

Estamos assim confiantes de que poderemos avançar com um serviço bastante desenvolvido e com boas bases de sustentação. 🙂

[Iremos apresentando mais info dos cursos ao longo das próximas 2 semanas.]