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Exemplos Mulheres Pessoas

Alguns “bike commuters” da nossa praça

Pedro Sales, assessor parlamentar.

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[Fonte: revista Única do jornal Expresso de 27/05/2006]

Francisco Moita Flores, presidente da Câmara Municipal de Santarém.

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«Se um destes dias estiver em Santarém e encontrar o presidente da Câmara Municipal a andar de bicicleta no meio do trânsito, não se admire. Francisco Moita Flores vai a caminho do seu gabinete nos Paços do Concelho ou dirige-se sem pressas para uma cerimónia pública. (…)

O hábito das duas rodas já Moita Flores o tinha, com longos passeios em família, mas desde que se desloca todos os dias de bicicleta para o gabinete de trabalho – um percurso de 3,5 quilómetros a partir de casa, que faz em cinco minutos – a balança passou a pesar-lhe menos nove quilos. (…)»

[Fonte: jornal Correio da Manhã, edição de 06/10/2006]

Margarida Correia-Neves, cientista.

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«Quando quis arrumar a sua bicicleta na parque da Alfândega do Porto destinado aos automóveis dos participantes do Fórum Novas Fronteiras da Ciência e do Conhecimento, os funcionários da instituição torceram o nariz e julgaram, talvez, tratar-se de uma partida de 1 de Abril. Então, não é que estavam ali, nesse preciso dia, o primeiro-ministro, o ministro da Ciência mais o seu secretário de Estado, a ministra da Cultura, altas individualidades, cientistas de topo, e aquela jovem, suada da viagem, desportivamente vestida, insistia que também era convidada? (…)»

[Fonte: Ciência Hoje, notícia de 14/05/2006]
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Arte e Design Imagens Segurança

Design de capacetes para bicicleta

A recomendação (ou imposição legal nalguns sítios) do uso de capacete quando se circula de bicicleta é alvo de aceso debate. Por um lado, há a sólida evidência de que o uso de capacete pode salvar a vida ou pelo menos evitar danos graves ao ciclista em caso de queda ou colisão. Por outro, há estudos que mostram que os automobilistas assumem que um ciclista com capacete é a priori mais experiente e mais previsível, acabando por o ultrapassar ainda mais depressa e dando ainda menor distância do que se o vissem sem capacete. Também é argumentado que o próprio ciclista se sente (falsamente) mais seguro com um capacete e, por isso, pode adoptar um comportamento na estrada menos defensivo, aumentando o risco de ser envolvido num acidente. Em Portugal o uso de capacete com velocípedes não é imposto por lei. O ciclista deverá ponderar em que condições irá circular (vias segregadas ou partilhadas, em passeio, competição ou commuting, sozinho ou acompanhado, qual o estado da via e qual a afluência de tráfego – automóvel ou mesmo pedonal, etc) e optar pelo capacete sempre que seja apropriado (o que talvez seja… sempre). E já agora, se é para usar um capacete, há que colocá-lo correctamente! Sob pena de este poder fazer mais mal que bem em caso de acidente!

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[Fonte aqui]

Bom, deixando para um post posterior a questão do capacete – to use or not to use, e focando-nos agora apenas no seu design. Se já repararam, há diferentes tipos de capacetes. Eu pessoalmente não gosto daqueles com muitos “buracos” e com cores e listras muito flashy. Também não gosto da ideia de usar aqueles com “projecções” atrás e/ou à frente porque receio que se por azar cair e bater com a cabeça no chão aquilo pode magoar-me o pescoço ou então empurrar o capacete para fora da sua posição correcta. Por isso escolhi o capacete mais redondo que havia na loja na altura. É cinzento-escuro, sem desenhos, sem pála nem projecções aerodinâmicas. Resultado: a minha presença é discreta mas pareço um cogumelo. 😛 Ora, o que eu queria era que este design sugerido pelo Ondrej Stanek chegasse a ver a luz de uma linha de produção!

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Tem aquele estilo boémio, muito melhor que o mushroom look. 😉

Outra sugestão com que me deparei foi a do Alberto Villareal, embora a estética não me atraia. Parece que a inovação prende-se com o facto de este design incorporar as luzes no próprio capacete, uma vantagem óbvia em termos de visibilidade e, logo, de segurança.

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Ciência e Tecnologia Videos

Murata Boy – the bicycle riding robot

Isto é caso para dizer que se o Murata Boy consegue nós também conseguimos. 😉

Faz lembrar aquela campanha dos 3R’s da reciclagem, com o macaco Gervásio. “O Murata Boy já anda de bicicleta. E você?”. 😉

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Iniciativas Mobilidade Notícias

Escola D. João II de Santarém recebeu trinta bicicletas do município

Ora aqui está uma boa notícia! 🙂 Vinda de um concelho com potencial para ser bike-friendly, ou não fosse o seu Presidente de Câmara, Francisco Moita Flores, um bike commuter. 🙂

«A Câmara de Santarém entregou na sexta-feira, 15 de Dezembro, trinta bicicletas à escola E.B. 2,3 D. João II. Os veículos destinam-se a ser usados pelos alunos daquele estabelecimento de ensino na disciplina de educação física ou nas actividades extra-curriculares. Para já, até final do ano, será apenas esta escola a receber velocípedes, mas a autarquia admite estender o projecto a outras escolas do concelho. Tudo depende do balanço que entretanto for feito.

O objectivo da iniciativa é incutir nos mais novos o gosto de andar de bicicleta, prática mais saudável que a utilização sistemática do automóvel. “Temos pouca gente a andar de bicicleta, mesmo entre os mais novos. É preciso invadir o território dos automóveis e conquistar terreno para a prática de exercício físico”, referiu a vereadora com o pelouro da Criança e Educação na Câmara de Santarém. Lígia Batalha (PSD) explicou que as bicicletas são propriedade da autarquia e serão cedidas por períodos acordados com as escolas.

No caso da escola D. João II, as bicicletas serão utilizadas para transportar os alunos de e para o complexo aquático municipal e para outras acções a indicar pelos professores de educação física, incluindo actividades extra-curriculares como passeios ou provas de BTT. Segundo foi revelado pelo presidente do conselho executivo, António Pina Braz, nestas situações os alunos estão cobertos pelo seguro escolar. Juntamente com as bicicletas foram também entregues 30 capacetes específicos para estes veículos. Assim que os alunos receberam luz verde para experimentar as bicicletas, a confusão instalou-se na entrada da escola. Todos quiseram dar umas pedaladas e, mais ou menos organizados, lá se foram revezando no teste aos novos equipamentos.»

Fonte: O Mirante. Também noticiado n’O Ribatejo.

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Informação CaP

Boas-vindas a 2007!

Fogo-de-artifício

[Foto de Lindsay Hickman]

Que 2007 nos corra a todos sobre rodas! 😉 Duas, sempre que possível e desejável, levando-nos mais depressa onde queremos ir, e mais devagar por onde queremos passear, dando-nos mais saúde e mais energia, e sempre com aquele sorriso malandro de satisfação! 🙂

A todos os que nos acompanham e a todos os que nos apoiam e partilham dos nossos sonhos e dos nossos valores, votos de um excelente ano! Que 2007 traga saúde, paz, trabalho, amor e muitos sonhos, que são estes que comandam a vida! 😉

Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

In Movimento Perpétuo, 1956, de António Gedeão

Fonte: CITI