Então, maltinha, fartos das redes sociais? Andam a leste? Fazem muito bem. Ora aqui está um apanhado de umas conversas fixes que podem ter perdido no meio do vosso detox digital. 🙂
A Tania Muxima, a minha convidada de hoje, pelas 21 horas, não é só uma "papa-quilómetros" de bicicleta. Além das imensas aventuras que a levaram a vários locais do mundo, pedalando, viajou também pela Islândia…de trotinete!
Publicado por Rafael Polónia em Quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021
O Paulo é o convidado desta noite, nesta conversa com a bicicleta como tema principal. O seu conhecimento e experiência adquiridos ao longo dos últimos 25 anos a realizar projetos de engenharia de vias de comunicação e transportes – um dos vários ramos de estudo da engenharia civil – fez com que partisse para esta missão de identificar a Rede Nacional de Cicloturismo.
Publicado por Rafael Polónia em Quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
ATÉ ONDE VAIS COM 1000 EUROS?com Jorge Vassallo “Uma viagem chamada liberdade. Não haverá nunca melhor viagem do que a que é planeada ao sabor do destino” – foi assim que Laura Alves (também convidada neste evento) definiu a viagem que o Jorge e o Carlos fizeram montados na Mikelina e na Penélope, duas bicicletas de baixo custo, “com bússolas compradas nos chineses”, sem sonhar que das suas aventuras iriam constar experiências como comer cabeça de cabra num barbeiro em Tiznit, ou uma tagine de camelo, que a imagem dos flamingos a voar no Parque Nacional de Khenifiss, onde quase ficaram soterrados na areia, se lhes gravaria na mente; ou que regressariam com muitos amigos novos na bagagem. Uma lição de economia doméstica. Dois portugueses, duas bicicletas e mil euros. No fim, não aguentaram e rebentaram o orçamento: comeram um bitoque à entrada de Portugal.Neste quarto dia de conversas, terei comigo o Jorge Vassalo, para nos falar um pouco o que foi esta aventura que, além de empreendedora no sentido de viagem, à altura, foi também uma lufada de ar fresco no mundo dos blogs.
Publicado por Rafael Polónia em Sábado, 27 de fevereiro de 2021
BICICLETA NO FEMININO | com Laura AlvesA minha convidada de hoje é a Laura Alves, que iniciou o seu trabalho em jornalismo há 20 anos e que passou a produzir conteúdos freelancer desde 2012. Na última década tem colaborado com múltiplas instituições, empresas e editoras, desenvolvendo conteúdos institucionais e/ou criativos em áreas muito diversas — entre elas a mobilidade, aliando o seu gosto particular pela utilização da bicicleta como meio de transporte.Entre 2012 e 2013 escreveu para a revista B – Cultura da Bicicleta e, em 2013, a convite da Texto Editores, publicou o livro "A Gloriosa Bicicleta – Compêndio de Costumes, Desvarios e Emoções em Duas Rodas", a primeira obra sobre o mundo da ciclocultura em Portugal, em coautoria com o Pedro Carvalho. Em 2014, em parceria com o fotógrafo Vitorino Coragem, produziu o trabalho documental “Maria Bicicleta” sobre as particularidades do ciclismo urbano no feminino — um trabalho que viria a ser adaptado a exposição de rua âmbito da Semana Europeia da Mobilidade em Lisboa. Desde 2020 que desenvolve conteúdos sobre a cultura da bicicleta para a versão portuguesa do We Love Cycling, projeto criado pela Škoda em diversos países europeus.
Publicado por Rafael Polónia em Terça-feira, 2 de março de 2021
FILHOS…E AGORA? | com Gonçalo Peres4 MARÇO | 21 HORASNeste sexto dia de conversas sobre duas rodas, vamos ter o Gonçalo Peres, que tem 47 anos, dois filhos com 12 e 8 anos, e que faz de Lisboa a sua casa. Começou a usar a bicicleta em 2009, como solução para levar o primeiro filho à creche, a 2,5 quilómetros de casa. Uma distância longe demais para ir a pé, mas perfeita para a bicicleta. Não queria depender do carro e ser mais um pai a contribuir para o ambiente nocivo junto às escolas: poluição, insegurança e usurpação do espaço público. De forma progressiva começou a usar a bicicleta em todas as necessidades de deslocações. Em pouco tempo melhorou a condição física, passou a ver e sentir a cidade de uma forma diferente e a apreciar a natureza que estava escondida mesmo ao pé de casa. Já há muitos anos que não há veículos motorizados em casa. Tal como muitos pais não dão aos filhos a escolher se querem ou não ir de carro a algum lado, os filhos do Gonçalo já sabem que a bicicleta, é a escolha natural.
Publicado por Rafael Polónia em Quinta-feira, 4 de março de 2021
MOBILIDADE E FORMAÇÃO | com Ana Sousa Pereira6 MARÇO | 21 HORASA Ana é a minha convidada deste sábado. Trabalha na área da promoção da mobilidade em bicicleta desde 2006 na empresa que co-fundou, a Cenas a Pedal. Co-fundadora em 2009 da MUBi – associação pela mobilidade urbana em bicicleta, co-fundou em 2019 também a cooperativa Bicicultura. Nomeada Bicycle Mayor of Lisbon 2019-2020 no âmbito do Bicycle Mayor & Leader Program, visa contribuir para reduzir as barreiras ao uso da bicicleta e tem n'A Casa da Bicicultura, um centro de promoção e educação para a mobilidade em bicicleta, rumo a cidades mais sustentáveis e mais amáveis, o seu mais recente projeto nesse sentido. A nível de formação, iniciou o trabalho nesta área em 2007, ao perceber que o Código da Estrada era meio medieval para o uso da bicicleta, levando-a a colaborar em trabalho de lobbying que culminou, num esforço coletivo, em várias alterações positivas que entraram em vigor em 2014. A par do interesse pelo CE, começou em 2008 a trabalhar como instrutora de condução de bicicleta, pois rapidamente percebeu que cumprir o CE não era suficiente para uma experiência de condução de bicicleta segura, confortável e eficiente. Desde 2008 que ensina pessoas de todas as idades a andar de bicicleta, bem como a conduzi-la na cidade (e fora dela).
Publicado por Rafael Polónia em Sábado, 6 de março de 2021
VIAJAR COM FILHOS | com João Gonçalo Fonseca e Valerie Fonseca, Yacha e Sinai7 MARÇO | 21 HORASNesta quarta conversa, vou estar à conversa com o João e a Valérie. A vida deles sempre foi feita na estrada a percorrer o mundo, à boleia pelo Velho Continente ou desbravando o continente africano e o Médio Oriente, quando a fotografia ainda era analógica. Porém, a viagem mais especial foi quando tiveram a ideia de percorrer o mundo de bicicleta. Partiram de Portugal à boleia até à Suíça e de lá, de bicicleta para aquela que seria uma viagem à volta do globo durante 3 anos. O tempo quando se viaja de bicicleta é, porém, diferente do tempo quando se viaja à boleia, de avião ou mochila às costas e os 3 anos transformaram-se em 4, só pela Europa, Médio Oriente e Ásia.A odisseia deu lugar a um livro – Pedalar Devagar – e o retorno à vida rotineira. Regressados a Zurique, cidade onde também dois filhos foram concebidos, o sonho de fazer outra grande viagem foi crescendo. Como sempre na vida deste casal, tudo é decidido ao minuto e foi assim que achámos que partir de novo seria a ideia mais fascinante, desta vez com toda a família nos alforges. A América do Sul foi traçada no horizonte e foi aí que pedalámos com as nossas quatro bicicletas, explorando por mais de 20 meses, diferentes países, montanhas, culturas e experiências indescritíveis! E porque pedalar não nos chegava, até um barco construímos para descer o rio Napo e o Amazonas.
Publicado por Rafael Polónia em Domingo, 7 de março de 2021
Esta Rapariga Pode é uma campanha nacional [no Reino Unido] desenvolvida pela Sport England e uma vasta gama de organizações parceiras. É uma celebração de mulheres activas por todo o país que estão a fazer a cena delas, não interessa quão bem o fazem, qual o seu aspecto ou até mesmo quão vermelhas ficam as suas caras.
Há muitos exemplos de exercício e desporto, mas também há exemplos de actividade física simples, como “ir de bicicleta”.
A Grace gosta de andar de bicicleta, ela gosta de estar lá fora a pedalar ao ar fresco, às vezes frio. Ela não está numa corrida com ninguém, não se preocupa com a velocidade a que vai. Ela simplesmente faz a cena dela e é só isso que importa.
Nos bastidores:
Podem ver mais posters e vídeos na página de Facebook da campanha.
O estudo prévio a esta campanha revelou que as mulheres sabem que deveriam exercitar-se mais, mas ainda assim falham em atingir os níveis mínimos de actividade física recomendados para uma vida saudável. Concluiu-se ainda que na faixa etária dos 14 aos 40 anos há menos 2 milhões de mulheres a exercitarem-se face ao número de homens que o fazem, e 75 % das mulheres nesta faixa etária gostariam de fazer mais desporto e/ou exercício físico, mas o medo de serem julgadas é maior do que a sua auto-confiança:
medo de serem julgadas pelo seu aspecto durante a actividade (suadas, ruborizadas, pobre forma física, etc)
medo de serem julgadas por não serem boas o suficiente a realizar determinada actividade, ou então demasiado boas e, “logo”, pouco femininas
quando têm filhos, sentimento de culpa e medo de serem julgadas por gastarem demasiado tempo com elas próprias
‘This Girl Can’ é uma celebração de todas as mulheres que encontram a confiança para fazerem exercício: é uma atitude, e uma chamada à acção para todas as mulheres fazerem o mesmo. Esta campanha pretende abordar os medos das mulheres, mostrando-lhes que não estão sozinhas, e a esperança é que isso lhes dê mais confiança.
Não conheço outros estudos ou campanhas similares em Portugal, mas desconfio que a nossa realidade, a este nível, não será muito diferente. E penso também que a menor proporção de mulheres a usar a bicicleta como meio de transporte em Portugal, relativamente aos homens, poderá ter, em parte, a ver com esta questão.
Infelizmente em Portugal não se faz muito “marketing” de causas. Nem o Governo, nem organizações grandes. O mais parecido que me lembro foi o projecto Maria Bicicleta, uma iniciativa privada, da Laura e do Vitorino, que depois teve algum apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa e EMEL, na forma de uma exposição na Av. Duque de Ávila. Muito pouco para ter impacto significativo na população, claro.
Dia 8 de Março é o Dia Internacional da Mulher. Mas já passou, e é só um dia para nos recordar da importância dos outros 364. Que tenhamos todas força para preferirmos ser saudáveis, fortes, independentes, e divertirmo-nos, sempre, e não só em ocasiões especiais. Porque o cabelo desalinhado, a cara vermelha, o suor, o sentirmo-nos fora de forma ou pouco atraentes, é tudo transitório, e irrelevante, o que vai permanecer é a sensação brutal de “eu consigo”, “eu gosto”, “eu quero mais”. Porque nós merecemos.
Enquanto eu ensinava a Fátima a andar de bicicleta, o Álvaro, o marido da Fátima, que a acompanhava a todas as aulas, ia-se entretendo a desenhar umas “cenas”. Até apanhou o coreto do Jardim da Estrela. 🙂
Umas semanas depois da última aula, enviaram-me um e-mail a dar conta dos bons desenvolvimentos:
Olá Ana
Como vê arrisquei, correu bem!
Muito obrigada por tudo.
Vemo-nos por aí,…pedalando.
Obrigada, beijo
A par de umas fotos do durante:
E do depois! 😀
Obrigada Fátima e Álvaro por partilharem connosco este testemunho!
Mais uma pessoa no mundo a desfrutar do fantástico prazer e utilidade do uso da bicicleta. 🙂
Aquando do nosso anúncio de estágio em Maio, uma das candidaturas que recebemos foi a da Filipa. Licenciada em Engenharia Civil, com especialização em engenharia sanitária, resolveu perseguir uma área que sempre a apaixonou, a Psicologia, na qual está actualmente a tirar um mestrado. Gostámos da apresentação em vídeo que ela enviou, e do perfil, e resolvemos entrevistá-la.
Apesar de não ser elegível para o estágio em causa, arranjámos forma de estabelecer uma colaboração que lhe permitisse começar a trabalhar connosco e ter tempo e liberdade para continuar o seu mestrado e dar mais apoio aos dois filhotes pequenos, que regularmente leva à escola de bicicleta. O seu exemplo já levou até a que outro pai se entusiasmasse e comprasse também um atrelado Croozer, pelo que já são pelo menos duas famílias naquela escola a fazer a school run de bicicleta. 🙂 Mas nem só de escola vive uma família, claro.
A Filipa está a ajudar-nos a desenvolver e a fazer chegar os nossos serviços, em particular, nomeadamente de consultoria e formação, às escolas e empresas. Para disseminar o desejo de integrar a bicicleta na vida das pessoas, e de ajudar a materializá-lo quando ele já lá está. E a sua experiência e exemplo pessoais são fundamentais nesta missão. 🙂
Lembram-se do nosso call out em Maio para encontrar o nosso primeiríssimo colaborador? Pois bem, recebemos muitas candidaturas para esse estágio, felizmente, e várias de pessoas com perfis muito interessantes, obrigada a todos! 🙂 No final, a aposta recaíu na Elena, que está connosco desde final de Setembro:
A Elena a experimentar a bakfiets durante a Marginal Sem Carros.
A Elena é italiana, tem a nossa idade, licenciou-se em Economia e Marketing e prosseguiu os estudos depois com um mestrado em Desenvolvimento Local, Cooperação e Mercados Internacionais, em Itália.
Entre outras actividades, trabalhou vários anos numa cooperativa de comércio justo, e foi voluntária internacional durante um ano no Brasil (daí o seu português com subtil toque brasileiro!). O seu interesse em projectos de empreendedorismo social levou-a a candidatar-se para integrar a nossa equipa na Cenas a Pedal.
A Elena irá ajudar-nos a manter e a desenvolver a nossa vertente de loja, principalmente a plataforma online. Queremos agilizar o processo de aconselhamento e encomenda na loja (seja via presencial ou virtual) para oferecermos um serviço mais eficaz, mais rápido e mais eficiente.
A integração da Elena é para nós um marco importantíssimo, afinal é a primeira pessoa “de fora”, a nossa primeira experiência de recrutamento, e significou um aumento de 50 % no número de pessoas na empresa! 🙂