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Pelo direito a brincar

Yah, imaginem se fosse convosco:

As crianças precisam de brincar. Bolas, os adultos precisam de brincar, quanto mais as crianças!

Infelizmente, nas últimas décadas fomos construindo um mundo, uma sociedade, uma cultura, em que as crianças levam uma vida de reclusas. Reclusos bem tratados e cheios de actividades de suposta estimulação, mas ainda assim reclusos – não têm a liberdade de explorar o mundo como desejam e precisam. De estar ao ar livre e fora de portas, de explorar o meio físico em que se encontram, de se aventurarem, de perseguirem os seus próprios interesses e paixões, de correrem riscos, de aprenderem a gerir emoções, interesses, frustrações, sonhos, riscos. Há sempre adultos a dizerem-lhes o que fazer, com o que brincar e como, e quando, e até com quem. Isto é mau agora, e terá um preço a pagar no futuro.

Como nós brincámos muito, tivémos a liberdade de andar na rua e brincar como bem nos apetecia, sabemos o bem que soube, e o bem que nos fez. E lamentamos ver tantas crianças privadas desse privilégio, em nome de uma ilusão de segurança e competitividade.

Por isso, há uns meses atrás aceitámos o convite do Instituto de Apoio à Criança para participar no evento Brincar a Sério, pelo Dia Mundial do Brincar, que teve lugar nos jardins do Palácio de Belém, no dia 28 de Maio.

Como andar de bicicleta tanto pode ser uma brincadeira como um meio de transporte, e enquanto meio de transporte continua a ter muito de brincadeira, e é uma ferramenta importante a nível de desenvolvimento psicomotor, nós fomos lá promover isso mesmo. Levámos bicicletas familiares para mostrar ao público, e por vezes os test rides funcionaram como uma espécie de “volta no carrocel”. 🙂 E andámos também a dar dicas aos pais de como podem ajudar os filhos a largar as rodinhas (explicando que na Escola de Bicicleta ensinamos isso e tudo o resto!). 

Haviam várias actividades para estimular a brincadeira, inclusivé uma área de brincadeira livre, dos 1, 2, 3 macaquinho do xinês, onde apanhámos o prof. Carlos Neto, da FMH, a brincar também, por uns instantes. 🙂

Se não ouviram ainda falar dele, espreitem aqui, onde ele faz notar que as crianças hoje são como animais em cativeiro, aqui, onde ele alerta para o crescente analfabetismo motor dos miúdos (algo que nós próprios fomos notando ao longo dos anos nas nossas actividades com os karts KMX e com as aulas e afins) e aqui, onde ele fala do sedentarismo e da organização do território e do trabalho, por exemplo. E têm também estes vídeos, no âmbito do Dia de Aulas ao Ar Livre, que já chegou a Portugal!

Entretanto, precisamos de Um Novo Conceito de Parque Infantil. We need Rethinking Childhood, we need Freerange Kids, we need riskier playgrounds! E precisamos de menos carros na cidade, se reduzirmos o número e velocidade dos carros, aumentaremos o número de crianças na rua, seja a brincar, a caminhar, a andar de bicicleta, etc. É o volume, velocidade, hipermobilidade e anonimato dos carros que gera o medo da rua.

Libertemos as crianças! E, no processo, libertemos também os adultos, novos e velhos. 😉

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Vai de bicicleta, despe o monstro

Aqui está uma campanha gira. 🙂 Às vezes carregamos um monstro dentro de nós. Andar de bicicleta ajuda a livrarmo-nos dele.

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This girl can / Esta rapariga pode

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Esta Rapariga Pode é uma campanha nacional [no Reino Unido] desenvolvida pela Sport England e uma vasta gama de organizações parceiras. É uma celebração de mulheres activas por todo o país que estão a fazer a cena delas, não interessa quão bem o fazem, qual o seu aspecto ou até mesmo quão vermelhas ficam as suas caras.

 

Há muitos exemplos de exercício e desporto, mas também há exemplos de actividade física simples, como “ir de bicicleta”.

A Grace gosta de andar de bicicleta, ela gosta de estar lá fora a pedalar ao ar fresco, às vezes frio. Ela não está numa corrida com ninguém, não se preocupa com a velocidade a que vai. Ela simplesmente faz a cena dela e é só isso que importa.

Nos bastidores:

Podem ver mais posters e vídeos na página de Facebook da campanha.

O estudo prévio a esta campanha revelou que as mulheres sabem que deveriam exercitar-se mais, mas ainda assim falham em atingir os níveis mínimos de actividade física recomendados para uma vida saudável. Concluiu-se ainda que na faixa etária dos 14 aos 40 anos há menos 2 milhões de mulheres a exercitarem-se face ao número de homens que o fazem, e 75 % das mulheres nesta faixa etária gostariam de fazer mais desporto e/ou exercício físico, mas o medo de serem julgadas é maior do que a sua auto-confiança: 

  • medo de serem julgadas pelo seu aspecto durante a actividade (suadas, ruborizadas, pobre forma física, etc)
  • medo de serem julgadas por não serem boas o suficiente a realizar determinada actividade, ou então demasiado boas e, “logo”, pouco femininas
  • quando têm filhos, sentimento de culpa e medo de serem julgadas por gastarem demasiado tempo com elas próprias

‘This Girl Can’ é uma celebração de todas as mulheres que encontram a confiança para fazerem exercício: é uma atitude, e uma chamada à acção para todas as mulheres fazerem o mesmo. Esta campanha pretende abordar os medos das mulheres, mostrando-lhes que não estão sozinhas, e a esperança é que isso lhes dê mais confiança.

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Não conheço outros estudos ou campanhas similares em Portugal, mas desconfio que a nossa realidade, a este nível, não será muito diferente. E penso também que a menor proporção de mulheres a usar a bicicleta como meio de transporte em Portugal, relativamente aos homens, poderá ter, em parte, a ver com esta questão.

Infelizmente em Portugal não se faz muito “marketing” de causas. Nem o Governo, nem organizações grandes. O mais parecido que me lembro foi o projecto Maria Bicicleta, uma iniciativa privada, da Laura e do Vitorino, que depois teve algum apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa e EMEL, na forma de uma exposição na Av. Duque de Ávila. Muito pouco para ter impacto significativo na população, claro.

Maria Bicicleta

Dia 8 de Março é o Dia Internacional da Mulher. Mas já passou, e é só um dia para nos recordar da importância dos outros 364. Que tenhamos todas força para preferirmos ser saudáveis, fortes, independentes, e divertirmo-nos, sempre, e não só em ocasiões especiais. Porque o cabelo desalinhado, a cara vermelha, o suor, o sentirmo-nos fora de forma ou pouco atraentes, é tudo transitório, e irrelevante, o que vai permanecer é a sensação brutal de “eu consigo”, “eu gosto”, “eu quero mais”. Porque nós merecemos.

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Juntar a fome com a comida!

O problema da fome ainda não é de falta de comida, mas de uma distribuição ineficiente. O desperdício alimentar tem várias causas e ocorre em diferentes contextos, do industrial ao doméstico, passando pelos locais de processamento e venda ao público.

A ReFood recolhe as sobras dos restaurantes (não, não é nos restos nos pratos dos clientes! 😛 ), divide-as e compõe-as em doses, e depois distribui-as pelas pessoas que delas precisam.

Uma das formas de andar de um lado para o outro a fazer isto é de bicicleta (junta-se o tempo de voluntariado com um tempinho a dar umas pedaladas em nome do gozo e da saúde, e sem gastar nada também, que a ReFood funciona à base de voluntariado).

Por isso há uma campanha em curso para equipar a ReFood com uma “ciclo-carrinha”, neste caso uma longtail Yuba Mundo, uma bicicleta mais adaptada à função de transporte de carga do que aquela que tem sido usada até aqui, de forma a conseguir distribuir muitas mais refeições no mesmo tempo oferecido por cada voluntário.

Basta 1 € cada um e pouco a pouco haveremos de atingir a meta! 🙂

Contribuam até 31 de Dezembro de 2012 (mas quanto mais cedo, melhor, mais depressa chegará a bicicleta!) através da conta com o NIB: 0036 0000 9910 5889 0342 2.Para além da transferência bancária, também podem fazer o vosso donativo na ReFood, na Av. Poeta Mistral (atrás da Igreja de N. Sra. Fátima) em Lisboa, todos os dias úteis das 18H30 às 21H.

Saibam mais sobre esta campanha aqui. Façam “Like” na página da campanha, aqui, e ajudem a divulgá-la pelas vossas redes sociais. Obrigada!

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Há quem precise de uma bicicleta como de pão para a boca

Há sempre gente a passar dificuldades, mesmo nas sociedades mais ricas, e mesmo nos ciclos económicos mais pujantes. Recentemente o número de pessoas a precisar de apoio para se manter de forma minimamente digna tem estado a aumentar, fruto do clima económico depressivo. E se em tempos de bonança o Estado está mais preparado para prestar a assistência necessária, em tempos de tempestade a sua capacidade de resposta também se fragiliza. Nesta altura a resposta da sociedade civil ganha uma importância fundamental.

A ReFood é um projecto sem fins lucrativos, criado em 2010 para servir como um instrumento para redireccionar refeições (sobras) para pessoas que passam fome. A missão do projecto ReFood é diminuir a fome no ambiente urbano ao dirigir refeições (sobras) directamente às pessoas que passam fome mais próximas das fontes de doações.

Podem conhecer melhor o projecto através da página do mesmo no Facebook.

Em 2011 conhecemos o Hunter Halder, o promotor do projecto, quando ele passou pela nossa tenda no Evento Cycle Chic Lisboa, em Maio. Este tem sido o sistema que ele tem usado para distribuir refeições:

Re-Food

Na altura pensámos “este homem precisa mesmo é de uma longtail!”.

time to go shopping by bike

Pois chegou a hora de ajudar a fazer isso acontecer. 🙂 Um grupo de pessoas / entidades, nas quais nos incluímos, está a promover a campanha “Angariação de fundos para adquirir uma bicicleta de carga para a ReFood“, no Facebook e em montras espalhadas pela cidade.

Esta campanha dura até 31 de Dezembro deste ano e visa angariar fundos para equipar o projecto ReFood com uma bicicleta de carga, mais robusta, mais estável e fácil de conduzir mesmo carregada, e com maior capacidade de carga, permitindo, no mesmo tempo, distribuir mais refeições. Uma Yuba Mundo, que será cedida pelo distribuidor europeu a um valor muito abaixo do preço de custo para eles, como forma de apoiar esta causa.

Ajudem. Façam o vosso donativo e divulguem a campanha junto dos vossos amigos, familiares, colegas de escola ou trabalho, etc. Nem que seja 1 € cada um, se formos muitos conseguimos!

E já que estamos nisto, quem sabe no próximo ano não temos por cá uma Alleycat Food Drive como há em S. Francisco, nos EUA? Uma ideia a propôr ao Banco Alimentar e a toda esta malta agora que já leva experiência a organizar alleycats das outras. 🙂

It's ON! SMSW 2010