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Trikes DIY na Nazaré

Descobri mais um adepto do faça-você mesmo aplicado aos triciclos reclinados (a.k.a. recumbent trikes), desta vez na Nazaré, o João, que se virou para as recumbents por indicação médica que lhe vedou as bicicletas convencionais, e que pretende motorizar um trike:

Trike1 Trike2

Trike3 Trikes4

Há algumas fotos do processo de construção/aperfeiçoamento:

Trike5

Trike6 Trike7

E até há um vídeo, embora mostre essencialmente um par de pés. 🙂

Eles “andem aí”! 🙂

Trike8

Faz mesmo lembrar os Karts KMX.

A lista vai assim crescendo:

Carlos Camoesas, Ovar.
José Aiveca, Beja.
Jaime.
Pedro Homem, Pinhal Novo.
João, a.k.a. Tiengenhocas, Nazaré.

Dá para perceber que o formato tadpole é o favorito. Em delta só vi um do José Aiveca.

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Outro trike DIY made in Portugal

O Jaime é mais um entusiasta dos triciclos reclinados e adepto do “faça-você-mesmo”. 🙂 No seu blog apresentou a sua obra-prima:

Descobri-o por acaso através do Fórum BTT, onde ele partilhou as suas conclusões da empreitada:

Alguns dados relevantes:

Peso: 19 Kg em vazio na minha balança da cozinha, a mesma que “me” engorda três quilos em menos de 24H…
Distância entre rodas (centro): 1,0m;
Largura máxima (eixo dianteiro): cerca de 1,1m;
Distância entre eixos: 1m (não quis fugir ao standard);
Comprimento total: 1,9m
Altura ao solo (quadro): 11 cms (17 cms no assento);
Material: Aço (não faço idéia de qual a liga) – A tubagem principal é em tubo de secção quadrada com 30x30x1, o eixo dianteiro em tubo de secção redonda com 30×1,5;
Raio de viragem: cerca de 3,5 mts;
Velocidade máxima: 35,….Kmts/h (até à data);

A protecção da corrente é feita a partir de uma vulgaríssima mangueira de jardim. Dizem os entendidos que é uma excelente solução: amortece qualquer pancada, dura bastante tempo – é muito mais resistente do que parece, é mais silenciosa do que o tubo de alumínio, não desgasta a corrente, é flexível e muito barata. E ajuda a reter o lubrificante da corrente (a sujidade tb, mas nada que uma mangueirada à pressão não resolva).

O rolete da corrente (debaixo do assento) foi feito a partir de uma roda de um patim (em linha), escavada com um dremel. Mais uma vez uma solução barata, apesar de um pouco trabalhosa. É que aquelas rodas são MESMO duras!!!

A corrente é feita com três correntes SRAM com encaixes rápidos (das três sobraram uns 15 cm para ficar à medida). Qualquer corrente (exceptuando as das BMX) serve, devido ao comprimento o desvio lateral não é problemático. O que pode ser problemático é o encaixe nos carretos.
As manetes estão aparafusadas a extensores (pareceu-me uma boa idéia, não valia a pena estar de novo a inventar a roda)… E sempre fica com melhor aspecto.

Os travões: os que estou a utilizar actualmente são uma M…..**. Abrandam… e no fim lá travam. É o que dá comprar dos mais baratos… Ainda não percebi se não será também das borrachas, mas são as mesmas que utilizo nas outras bicicletas… Com sucesso, diga-se de passagem. De qualquer modo ainda tenho que fazer uns apoios para uns V.

Rodas: BMX de 48 raios, as da frente com eixo eixo de 14mm, a traseira com eixo de 10 (as da frente só apoiam de um dos lados, pelo que os eixos de 14 são imprescindíveis.

Pneus: BMX 1.9 à frente e um 2.0 atrás. Marca branca… claro. Tal como as rodas.

Pontos fracos:
-Ainda está a ser afinado. À medida que melhorar vou colocando componentes melhores. Os travões estão no topo da lista.
-Muita desmultiplicação, mesmo com o prato de 53… limita muito a velocidade máxima.
-Aspecto. Óbviamente. Ainda tenho que mudar ali qualquer coisa… talvez na cor.

Pontos fortes:
-Poupei uma pipa de massa. Uma coisinha destas (muito mais bonita, toda XPTO mandada vir “de fora” não ficaria em menos de 1500€ a 2000€).
-Peso. 19 kg, com o quadro em aço e três rodas de 48 raios? Não é nada. O peso médio para estas coisas andará nos 15 Kg. Se eu perder 4, ficamos quites, de um modo menos dispendioso.
-Um que vale mais do que tudo o resto: aprendi a fazer qualquer coisa que nunca tinha imaginado que viria a fazer em dias de vida… bem ou mal, mas está feito.

O Jaime fez também uma estimativa dos custos envolvidos:

bem, no total, excluindo mão-de-obra, ferramentas e os custos com engana-e-volta-atrás, ou seja, contabilizando o custo “líquido”, terá ficado abaixo dos 500€… se tivesse que voltar a repetir, provavelmente seria um pouco mais barato, dado que nem sempre comprei os componentes ao melhor preço.

Ou seja, na prática é capaz de não ter efectivamente poupado dinheiro por ter optado por desenhar e construir um trike ele próprio em vez de comprar um em produção (por 850 € tinha um KMX Tornado em casa), mas o gozo de desenvolver um projecto destes não tem preço. 🙂

E com o Jaime, no Seixal, vão então 3, depois do Carlos Camoesas, em Ovar, e do José Aiveca, em Beja.

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Trikes “home made” em Beja

Anteontem descobri acidentalmente um anúncio de venda de «trikes e bicicletas personalizadas». Um senhor de Beja, José Aiveca, que deve ter como hobby a construção de triciclos reclinados e outras bicicletas “diferentes”. 🙂 Também gostei do site da empresa dele (não relacionada), é muito à frente para o padrão nacional, com vídeo de introdução e tudo. 🙂

jaiveca.jpg

Pelo anúncio, a chopper anda pelos 600 € e o trike com capota pelos 750 €, mas não consegui mais info.

Já é o segundo construtor caseiro de trikes em Portugal, de que tomo conhecimento, o primeiro foi o Carlos Camoesas, de Ovar. Muito bom! 🙂