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Leis e Códigos

O Código da Estrada Português

Aqui pode ser consultado um apanhado do Código no que respeita aos ciclistas. Neste site podem também ser vistos os sinais de trânsito dedicados às bicicletas.

Resumindo, para cumprir o nosso Código da Estrada ao circular de bicicleta aconteceria isto:

1) teríamos que parar e ceder passagem a toda a hora excepto dentro de rotundas ou face a veículos a sair de caminhos particulares ou passagens de nível (mesmo quando o STOP ou a perda de prioridade está com os outros veículos!!). [Artigo 32]

2) teríamos que abrandar e parar para deixar passar os carros atrás sempre que a estrada não oferecesse condições para eles nos ultrapassarem em segurança (não fazíamos mais nada!). [Artigo 40]

3) sempre que as houver, é obrigatório circular pelas pistas para bicicletas, não nos sendo dado o direito de opção e usar as estradas normais se isso for mais vantajoso (em termos de rapidez ou segurança, por exemplo). [Artigo 78]

4) não poderíamos seguir a par na estrada (mesmo em vias com mais que uma faixa em cada sentido), não podendo usufruir da segurança extra que isso confere, especialmente quando se circula com crianças (que seguiriam à direita, por dentro). [Artigo 90]

5) não poderíamos ocupar a faixa de circulação totalmente para maior segurança, mesmo quando houvesse mais que uma em cada sentido. [Artigo 90] Felizmente o Artigo 13 deixa margem de manobra na interpretação para salvaguardarmos a nossa segurança…

6) não poderíamos circular nas ciclovias com bicicletas que puxassem atrelados de transporte de crianças, nem com triciclos ou qualquer outro tipo de velocípede que não tivesse as rodas todas em linha, independentemente da largura da via. [Artigo 78]

O Código da Estrada desconhece ainda e/ou é omisso quanto a uma série de tipos de velocípedes e respectivos acessórios…

Nestas condições, o ciclista é impedido de escolher as vias que melhor se adequam aos seus objectivos, é obrigado a abrandar e parar frequentemente para deixar outros passarem, não pode usar algumas técnicas de circulação segura, e em caso de acidente é-lhe imputada a culpa na maioria dos casos porque está posicionado no fim da hierarquia de prioridade. Este Código não inclui ainda outras especificações patentes na legislação de outros países europeus que visam proteger e e facilitar o uso da bicicleta. Para mais informação, recomendamos a página do Mário Alves, que tem vários artigos sobre esta temática, em Português e sobre o caso Português.

Como é notório, o nosso Código da Estrada precisa de ser revisto tendo em mente as necessidades e a segurança dos ciclistas. Está obsoleto e desfasado dos congéneres europeus. Para saber mais e agir, visite esta página.

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Abusos

Há sempre gente estúpida para estragar o que é de todos…

As bicicletas que aparecem no vídeo são as do Vélib, e não são feitas para aquela utilização…

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Sharrows

Definição num dicionário:

sharrow
n. an arrow-like design painted on a roadway to mark a bicycling route.

‘Shared Lane Arrows’ ou ‘Sharrows’, é uma sinaléctica composta por setas e uma bicicleta que indica que nos encontramos numa zona onde é de esperar encontrar pessoas a circular de bicicleta.

051018_sharrow_example.jpg
[Fonte]

As sharrows são primas das ciclovias, só que não são exclusivas para bicicletas. São colocadas para indicar claramente os locais onde carros e bicicletas têm que partilhar a estrada. O conceito é simples: em áreas onde é impossível haver ciclovias, seja por que razão for, as sharrows constituem uma via para bicicletas demarcada na estrada, indicando que a faixa tem que ser partilhada por carros e bicicletas. Claro que em todo o lado é suposto haver essa partilha da estrada e haver cumprimento da lei e respeito mútuo, mas esta sinaléctiva vem lembrar e reforçar essa ideia.

O princípio por trás das sharrows é simples: elas reforçam as regras da estrada. Na maioria dos Estados americanos [como em Portugal], os ciclistas têm que circular o mais à direita possível, excepto sob condições de falta de segurança. Uma destas condições é quando a faixa de circulação é demasiado estreita para a passagem simultânea, lado a lado, de um automóvel e de uma bicicleta.

Numa faixa de rodagem estreita, o local mais perigoso para um ciclista estar é chegado muito à direita, porque está numa “zona de porta” e porque os automobilistas pensam que têm espaço suficiente para permanecer naquela faixa de rodagem e ultrapassá-lo. Todo o ciclista que já circulou chegado à direita numa estrada teve a experiência de um carro a passar a 40 km/h (ou mais!) a 10 cm do seu cotovelo esquerdo. Ao mesmo tempo, se alguém num veículo estacionado abrir a porta do carro para sair, o ciclista está mesmo ali (na tal “zona de porta”) e pode sofrer um acidente.

O vídeo seguinte ilustra o conceito:

O mais parecido com as sharrows que conheço por cá é isto, em Tavira:

IMGP6721.JPG

A diferença é que aqui a indicação é contínua, através de uma linha lateral azul, ao longo da estrada, no percurso mais provável de passagem de bicicletas; o sinal da bicicleta pintado no chão aparece muito espaçadamente, é mais pequeno e tem menor relevo, o que leva a que desapareça e fique imperceptível rapidamente, deixando de cumprir a função (alertar para uma via partilhada entre carros e bicicletas):

IMGP6757.JPGIMGP6759.JPG

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Ambiente e Energia Eventos Imagens Informação CaP

A Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente 2007

A II Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente decorreu em Olhão, no Jardim do Pescador Olhanense, de 26 a 29 de Julho.

II Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente

Nós estivemos lá a mostrar os nossos produtos, sob o tema da mobilidade sustentável.

II Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente

Paralelamente tentámos promover a Massa Crítica, mas o poster do João Taborda que escolhemos ficou com o endereço web imperceptível após a impressão e já era tarde quando reparámos. 🙁 No entanto fez sucesso com a mensagem provocatória. 🙂 Também divulgámos a FPCUB, distribuindo panfletos e exemplares da Pedalar, tiveram boa saída.

II Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente

A feira era de entrada livre, tinha uma tenda gigante com stands de parques naturais, entidades e empresas relacionadas com o ambiente, e uma outra zona de pequenas tendas/stands de artesãos, produtores de agricultura biológica, e algumas empresas, como a nossa. Depois tinha ainda uma zona de diversões para crianças e um auditório ao ar livre, onde foram passados filmes e feitas apresentações.

II Feira Nacional de Parques Naturais e AmbienteII Feira Nacional de Parques Naturais e AmbienteII Feira Nacional de Parques Naturais e AmbienteII Feira Nacional de Parques Naturais e AmbienteII Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente

Vimos imensa gente de bicicleta, muitas eram as clássicas pasteleiras:

II Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente

Tivémos alguns episódios insólitos mas o vencedor foi este:

DIY bike child seat

Uma ode ao espírito inventivo humano, mas não inspira muita segurança, ou não fosse este tipo de material capaz de se partir em pedacinhos quando exposto repetidamente ao sol…

Aquele jardim era um local apetecível à noite. A temperatura convidava a estar na rua, havia movimento, bancos para as pessoas se sentarem e conversarem, a lua estava sempre linda, e o mar é sempre uma paisagem inigualável. 🙂 Quando iluminaram os globos da campanha Earth Condominium, também deu um ar engraçado ao jardim. 🙂

II Feira Nacional de Parques Naturais e AmbienteII Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente

O início de feira teve alguns atrasos e atribulações por parte da organização, mas tudo acabou por se resolver. Achei que foi um evento interessante e uma iniciativa louvável. Há que dar a conhecer ao público os nossos parques naturais, as entidades e empresas que os tentam proteger, revitalizar e desenvolver. Sob pena de destruirmos tudo, soterrado em PINs…

Pode ver mais fotos do evento neste slideshow.

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Arte e Design Videos

Magic Wheel

Há sempre alguém a inventar mais uma engenhoca qualquer para ser radical, diferente, esta é a Magic Wheel. 😛

mwpic21.jpg

Será que funciona? Será que é prático? Será que vale a pena? Será que chega a Portugal? Os portugueses costumam gostar de gadgets…