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A Europa discutiu em Lisboa as alterações do clima e o desenvolvimento

Decorreram em Lisboa, de 7 a 9 deste mês, as Jornadas Europeias do Desenvolvimento, com Portugal na Presidência da União Europeia.
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Subordinadas ao tema “Clima e Desenvolvimento: que Alterações?”, a questão das alterações climáticas em curso e suas consequências para o desenvolvimento dominaram as apresentações.

A questão é mais clara pelo tema em inglês: “Will Climate Change Development?“, ou seja, “o clima alterará o desenvolvimento?”.

As alterações climáticas terão consequências trágicas a nível das catástrofes naturais e outros fenómenos: tempestades, furacões, secas, cheias, desertificação, ondas de calor, subida da temperatura média à superfície do planeta, subida do nível do mar em zonas densamente povoadas (e não só)…. O resultado serão migrações em massa, de populações a fugir à fome, à destruição, à falta de condições de sobrevivência. A disseminação de doenças outrora restringidas a determinadas zonas do globo,…

Há muito material das Jornadas disponível online (vídeos e fotos). No meio das fotos descobri o Presidente do Fórum Humanitário Global e antigo Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e o Comissário Europeu para o Desenvolvimento e a Ajuda Humanitária, Louis Michel, a experimentarem bicicletas Mobiky Genius (olhem só a coincidência! 🙂 ) na Aldeia do Desenvolvimento, uma exposição que decorreu em paralelo com as conferências e tudo o mais, e que contou com entidades do meio académico, organizações da sociedade civil, agências de desenvolvimento, fundações, administração local, média, Estados-Membros, instituições multilaterais, parlamentos, e sector privado.

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[Fonte: União Europeia]

Estes test drives e atenção a estas bicicletas não foram por acaso, ou não fosse o tema das Jornadas as alterações climáticas. O exemplo vem de cima, mas enquanto este tipo de coisas for só para a fotografia, não haverá mudança nenhuma. Fico muito contente de ver estas pessoas com altos cargos públicos/políticos prestarem-se a estas coisas, ainda mais com a coincidência de serem Mobikys, que têm um significado especial para mim e representam tanta coisa no meu sistema de crenças e valores, mas enquanto exemplos flagrantes de “faz o que eu digo, não faças o que eu faço” por parte de pessoas em cargos de elevadíssima responsabilidade, como o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a minha esperança permanece sobre os cidadãos, continuo a achar que a revolução é feita a partir das bases, doing the right thing e pronto. Outros seguirão o exemplo e depois será uma bola de neve na qual os poderes políticos e as elites acabarão por ser arrastados. Esperemos. 🙂 Não é vir um tipo importante e dizer que “the right thing é fazer isto e aquilo” (em linha com o politicamente correcto em vigor na altura, para ficar bem visto) e depois ir fazer the wrong thing, à cara podre. Mais vale estar calado, então. Tem que fazer a coisa certa como se não fosse nada, como se fosse a única coisa a fazer, no fuss, no publicity stunts.

No site das JED está disponível ainda um pequeno vídeo de animação onde rapidamente se mostra o que estamos a fazer actualmente: grandes emissões de CO2 devido aos transportes, desflorestação, extracção (e consumo) de petróleo em larga escala,…, com as consequências (já em curso), a seca e a desertificação (seguida pela fome e pelo êxodo), as tempestades, furacões, e inundações, destruição, aquecimento global, propagação de doenças,… Depois acontece as JED, os líderes discutem e tomam as medidas certas: implementam sistemas de energia eólica, de energia solar, etc, promovem o uso da bicicleta, e a Natureza recupera. 🙂 Bom, esperemos que o final seja tão feliz como o do filme, e o processo tão célere, também… 😉 Mas para isso alguém ofereça uma Mobiky ao Durão Barroso, para ele poder deixar o seu Touareg (um tanque para andar na cidade) em casa e passar de 265 g/km de emissão de CO2 para 0 g/km… 😉 Ou troque o seu S.U.V. por uma S.U.B.! 😀

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Energia a Pedal no MIT

Laptop a PedalAlguns alunos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) produziram no âmbito da cadeira de Introdução à Engenharia Civil e Ambiental um projecto de produção de energia a pedal para manter em funcionamento um computador portátil.

A equipa de alunos do MIT partiu para esta ideia do proposto no projecto da disciplina, que pedia que fosse criada uma forma de produzir energia eléctrica de forma mecânica. Daí pensaram em associar uma bicicleta fixa de exercício a um gerador eléctrico através de um sistema de correias e algumas baterias para armazenar essa energia.

Estes alunos contactaram alguns departamentos da faculdade por iniciativa própria para obter apoio, que obtiveram de vários professores, inclusive de responsáveis da Iniciativa para a Energia do MIT. O MITEI pretende criar discussão, influenciar decisões, fazer auditorias sobre os consumos energéticos do Campus e sensibilizar a população académica para as questões da energia, construção sustentável, etc.

O sistema é capaz de produzir à volta de 75W (dependendo do utilizador), o que é muito acima do consumo dos computadores portáteis mais eficientes existentes no mercado. Um computador com um processador actual, placas gráfica e de rede sem fios integradas da Intel é capaz de consumir cerca de 14-18W em modo de poupança de energia (ecrã com brilho reduzido, pouca utilização da placa gráfica e do disco) e pelos 25-35W em utilização intensiva (a jogar ou a ver vídeos de alta definição com o brilho do ecrã elevado, por exemplo). Se pegarmos num sistema verdadeiramente poupado como o XO do projecto OLPC (o consumo planeado é cerca de 2W), então um sistema de produção de electricidade idêntico a este pode fornecer energia a mais de 30 computadores ao mesmo tempo!

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É possível ver algumas fotos da montagem e funcionamento do equipamento aqui.

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O desafio dos 3 km

Ora aqui estão alguns factos interessantes:

E a iniciativa também está gira: 2 Mile Challenge, visa “desafiar” as pessoas a utilizar (mais) a bicicleta para se deslocarem em percursos até 3 km de suas casas. Porquê? Porque nos EUA 40 % de todas as deslocações são em distâncias de 3 km ou menos, e 90 % dessas deslocações são feitas de carro. 60 % da poluição criada pelas emissões dos carros acontece nos primeiros minutos de funcionamento. Se em cada 10 automobilistas 1 mudasse para a bicicleta, reduzir-se-iam as emissões de CO2 em 25.4 milhões de toneladas por ano!

O vídeo refere outros factos interessantes, e acaba com este: Se 1 milhão de pessoas substituísse uma viagem de carro de 3 km por uma de bicicleta, todas as semanas, as emissões de CO2 poderiam ser reduzidas em 50 000 toneladas / ano. É uma iniciativa louvável. Inclui um blog e um autocarro (a biodiesel) em tour pelos EUA a promover o desafio.

O site inclui um mapa onde podemos ver qual a nossa zona de 3 km, com a casa (por exemplo) no centro. A mim dá-me isto:

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O que apanha a maior parte das minhas deslocações de bicicleta, que são geralmente entre 3 e 15 km, ida e volta, pelas redondezas. 🙂

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Bike tour para ministros

Antes da abertura da 6ª Conferência Ministerial “Environment for Europe”, em Belgrado, a 11 de Outubro, foi organizada uma pequena excursão em bicicleta para os ministros. Liderada pelo Primeiro Ministro sérvio, cerca de 30 ministros do ambiente e da educação participaram no passeio. Houve 56 ministros da Europa, EUA e Canadá a participar na conferência. Será que os ministros portugueses participaram? Melhor, será que participaram na bike tour?… O ministro do ambiente sérvio disse que “a bicicleta tem um papel importante na resolução de problemas do ambiente e que ele anda de bicicleta regularmente quando tem tempo”…

[Fonte: Velo Mondial]
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Electrobike – bicicleta eléctrica solar

Claro que isto não é prático nem rentável, mas vale pela ideia e pela inovação. 🙂

Fonte: Treehugger