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“Cenas a Pedal: Empresa quer pôr Lisboa a pedalar”

A Catarina Ferreira teve conhecimento da nossa empreitada e achou particularmente interessante a nossa vertente de escola, e por isso contactou-nos a saber mais, para publicar o resultado no portal Boas Notícias, que apenas dá a conhecer “acontecimentos e projectos positivos em Portugal e no resto do mundo”. 🙂 Obrigada Patrícia!

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“2012-07-30 08:18:04”>Segunda-feira, 30 de Julho de 2012

Cenas a Pedal: Empresa quer pôr Lisboa a pedalar”>Cenas a Pedal: Empresa quer pôr Lisboa a pedalar

Cenas a Pedal: Empresa quer pôr Lisboa a pedalar
Fotos © Cenas a Pedal

Ter receio de cair, sentir vergonha ou achar que já não têm idade para aprender são algumas das razões apresentadas por quem não sabe andar de bicicleta. Mas porque nunca é tarde para deixar para trás as hesitações e escolher uma opção amiga do ambiente e benéfica para a saúde, dois jovens empreendedores portugueses criaram a Cenas a Pedal, uma empresa que está a ensinar Lisboa a pedalar.

por CATARINA FERREIRA

De acordo com Ana Pereira e Bruno Santos, casal responsável pelo projeto, estima-se que cerca de 20% das pessoas interessadas no uso da bicicleta, desde homens a mulheres adultos a adolescentes e crianças, acabem por deixar de parte essa opção por não saberem andar.

Para combater esta realidade, os dois decidiram, em 2006, avançar com a iniciativa e tornaram-se os fundadores da primeira e única entidade em Portugal que oferece ao público serviços de formação em condução de bicicleta, prestados por instrutores qualificados e certificados.

“A maior parte das pessoas sabe andar de bicicleta, ou seja, sabe pelo menos o básico do equilíbrio. Mas a muitas falta-lhes um melhor controlo e conhecimento do veículo para se sentirem confiantes em cima dele ou simplesmente as técnicas de condução segura”, explica Ana, em entrevista ao Boas Notícias.

É este controlo e conhecimento que a Cenas a Pedal fornece através das aulas ministradas e que se destinam tanto a particulares como a empresas: não só transforma em “ciclistas” os seus alunos, equipando-os com as competências básicas para o uso diário ou recreativo da bicicleta, como lhes dá também a hipótese de aprender sobre mecânica, tornando-os aptos a, por exemplo, trocar um pneu ou afinar as mudanças.

“Entre os diversos cursos que disponibilizamos, dos diferentes módulos de condução aos de mecânica, já teremos ensinado cerca de 400 pessoas, se contabilizarmos todas as acções com grupos em escolas e empresas”, estima Ana.

Segundo a responsável, a ideia de aprender a pedalar desperta o interesse de pessoas de todas as idades e de ambos os géneros. Ainda assim, afirma, “as mulheres surgem em maior número, constituindo cerca de 65% a 70% dos alunos”. Em termos de idades, “a média anda nos 40 anos”, adianta.

Em geral, o conceito tem sido muito bem recebido pela população lisboeta. “As pessoas dão-nos bastante apoio, muitas por mensagens de e-mail ou comentários no blog ou no Facebook, outras pessoalmente, que é o que efectivamente nos permite ir desenvolvendo e melhorando o que fazemos”, salienta, reforçando o poder do “passa-palavra”, que considera “fundamental” para que a Cenas a Pedal persista nas suas acções.

Uma opção ecológica e boa para a carteira

O sucesso estará também certamente associado à época atual, em que que as preocupações ambientais são crescentes e generalizadas e em que a crise obriga os portugueses a apertar o cinto, surgindo a bicicleta como uma alternativa económica e “verde”. Ao mesmo tempo que permitem poupar a Natureza, sem emissões de gases poluentes, as pedaladas também poupam a carteira.

Este meio de transporte “tem todas as vantagens do carro enquanto meio de transporte particular, desde a flexibilidade à disponibilidade, mas com o bónus de não nos forçar a tempos de deslocação mortos”, aponta Ana. “Ir de bicicleta em vez de carro faz-nos ganhar tempo para nós, para nos mexermos, para limparmos a mente, para pensarmos na vida, para nos ligarmos à cidade”.

Além disso, “ainda nos permite manter muito dinheiro na carteira ao final do mês que podemos usar para aplicar em coisas mais interessantes do que combustível, parquímetros ou portagens”, realça.

Pensar globalmente e agir localmente

Apesar dos bons resultados atingidos até ao momento, a Cenas a Pedal actua, para já, apenas em Lisboa. As aulas decorrem na capital portuguesa, organizadas quer para grupos, quer para cidadãos a título individual, e incidindo sobre diversos módulos, que podem ou não ser frequentados de acordo com a experiência de cada um.

Para quem queira começar do zero, a formação total “dura cerca de 15 horas” sendo a primeira fase o chamado “ABC da Bicicleta“, durante a qual os alunos aprendem, por exemplo, a ajustar o selim e o guiador, a subir e a descer do veículo em segurança, a arrancar e parar, a andar a direito e a curvar em balão.

Os custos variam consoante a opção escolhida: no caso desta primeira fase, para aulas em grupo, a formação tem um custo de 79 € por pessoa com bicicleta incluída, ao passo que as lições individuais custam 119 € euros.

A empresa oferece também aos interessados assistência técnica e serviços de consultoria nos quais se incluem, entre outros aspectos, a avaliação das condições de acessibilidade para utilizadores de bicicleta em edifícios como institutos públicos, escolas ou prédios habitacionais, ou a colaboração no desenvolvimento de planos de mobilidade de empresas, cidades e eventos.

De acordo com Ana, o lema da Cenas a Pedal é “pensar globalmente e agir localmente”, pelo que a expansão a outros pontos do país tem de ser feita com consciência. Porém, “é claro que queremos chegar a mais locais de Portugal e estamos sempre disponíveis para o fazer”, sublinha, acrescentando que “a nível da escola, um passo importante será começar a formar instrutores para oferecerem este serviço nas suas cidades”.

Para já, o principal objectivo é convencer os lisboetas a deixar o carro em casa, saltar para o selim e partir para uma viagem diferente pela cidade, escapando à rotina e entrando em comunhão com aquilo que os rodeia.

“A bicicleta é como um comprimido milagroso, que nos oferece saúde, bem-estar, mais dinheiro no bolso, menos stress, mais tempo livre… além disso é barato e dá imenso gozo tomá-lo! Se lhe propusessem algo assim não aceitaria logo?”, questiona Ana, deixando o convite no ar.

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As mulheres e a bicicleta

Aqui há tempos a Joana Capucho, jornalista do Diário de Notícias, contactou-nos a propósito de um artigo que estava a preparar, sobre as mulheres e a bicicleta, dada a nossa experiência com elas a nível da escola e da loja. Procurámos ajudar partilhando algumas das nossas observações, e também fornecendo informação genérica sobre bicicletas e acessórios (atenção que há um lapso na referência aos cadeados, o U deve prender o quadro da bicicleta a algo sólido, e depois o cabo deverá prender a roda ou ambas as rodas e/ou o selim, por exemplo). E, claro, contactámos algumas antigas alunas dos vários módulos do nosso Curso de Condução de Bicicleta para que elas pudessem, se o desejassem, dar o seu testemunho. A resposta foi muito positiva (obrigada a todas!), e a Joana lá optou por incluir o testemunho da Paula, que fez connosco o ABC da Bicicleta, e que usa a bicicleta em contexto de lazer, e ainda da Marta e da Valéria, que fizeram os módulos já de condução propriamente dita e que usam a bicicleta como meio de transporte quotidiano. 🙂

"A idade não é obstáculo para elas aprenderem a pedalar"

A questão da quota das mulheres na quota modal da bicicleta é algo que merece atenção por vários motivos. Uns relacionados com as próprias mulheres e com o que elas podem estar a perder ao não usar a bicicleta, seja para transporte, lazer ou desporto, outros com o que isso influencia e revela das condições de uso da bicicleta nas cidades, e outros factores socio-económicos associados.

Há cidades onde a grande maioria dos ciclistas são homens, outras onde as mulheres são uma modesta maioria. O que origina estas diferenças? Como será a distribuição de género na quota modal de outros meios de deslocação, nomeadamente o automóvel, o transporte público, o andar a pé? Será que a opção pela bicicleta tem mais a ver com o próprio uso da bicicleta (saber andar, percepção de eficiência, conforto, segurança, etc) ou mais a ver com o tipo de deslocações mais associadas às mulheres (em maior número, mais curtas, mais irregulares,…)? Que peso terão os factores económicos (a questão da disparidade salarial entre homens e mulheres, em desfavor destas últimas) e/ou culturais (nomeadamente a dominância cultural do papel masculino na família, que em caso de recursos escassos, tem preferência no uso do automóvel, por exemplo)? Este artigo, por exemplo, aborda isto.

No contexto de criar cidades sustentáveis onde a bicicleta está bem disseminada, ou seja, tem uma boa quota da distribuição modal, será a quota de género mais importante ou relevante do que a quota etária, por exemplo? Ou a quota económica? No estereótipo do “ciclista homem entre os 20 e os 35 anos e estudante/com poucos recursos económicos) há populações mais estratégicas/relevantes/importantes/prioritárias do que outras?

Esta questão da distribuição de género no uso da bicicleta foi, a propósito, o tema do último encontro do projecto europeu VOCA – Volunteers of Cycling Academy, que decorreu em Dublin, e no qual tivémos oportunidade de participar, enquanto activistas da MUBi. Entretanto já estão online os vídeos das apresentações da conferência organizada pela Dublin Cycling Campaign dedicada a discutir este tema.

Por cá, contribuímos para o reequilíbrio de género na bicicleta de várias formas, incluindo com a nossa escola, cujo calendário de Verão já está pronto, a propósito. 🙂

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Escola de bicicleta, edição de Verão

Aaah, férias! 🙂 A altura ideal para aprender a andar de bicicleta ou aperfeiçoar a técnica, e depois desfrutar de belos passeios ou simples idas à praia. 😉

Não deixem para a última para não correrem o risco de ficarem a chuchar no dedo sem vaga. Inscrevam-se já! Calendário dos vários módulos do nosso Curso de Condução de Bicicleta previstos para os próximos meses:

Módulo 0: ABC da bicicletapara aprender a andar (turmas de até 3 pessoas)

  • 14, 15, 21 e 22 de Julho, 9h30-11h00, edição 1207fds1
  • 17 a 20 de Julho, 9h30-11h00, edição 1207dum1
  • 31 de Julho a 3 de Agosto, 19h00-20h30, edição 1207dut1
  • 14 a 17 de Agosto, 9h00-10h30, edição 1208dum1 *
  • 11, 12, 18 e 19 de Agosto, 9h30-11h00, edição 1208fds1
  • 28 a 31 de Agosto, 19h00-20h30, edição 1208dut1

* Esta edição está prevista para realização no Algarve.

Nota: o ABC da Bicicleta também é oferecido na modalidade de aulas particulares, caso lhe seja mais conveniente ou preferencial.

Módulo 1: Clínica de bicicletapara ganhar mais confiança em cima da bicicleta (turmas de até 8 pessoas)

  • 27 de Julho, 9h30-12h00, edição 1207
  • 25 de Agosto, 9h30-12h00, edição 1208

Módulo 2: Teoria & prática da bicicleta no trânsitopara conhecer as leis e as técnicas (turmas de até 8 pessoas)

  • 4 de Agosto, 10h00-12h00, edição 1208
  • 1 de Setembro, 10h00-12h00, edição 1209

Módulo 3: Ir & vir de bicicletapara usar a bicicleta como meio de transporte (turmas de até 6 pessoas)

  • 4 de Agosto, 15h00-18h00, edição 1208
  • 1 de Setembro, 15h00-18h00, edição 1209

E não esquecer os mini-workshops de mecânica de bicicletas na óptica do utilizador:

Furos: remendar & trocar câmaras de ar (turmas de até 4 pessoas)

  • 28 de Julho, 14h30-16h00, edição 1207s1
  • 11 de Agosto, 14h30-16h00, edição 1208s1

Travões & mudanças: funcionamento e afinação(turmas de até 4 pessoas)

  • 28 de Julho, 17h00-19h00, edição 1207s1
  • 11 de Agosto, 17h00-19h00, edição 1208s1

Questões e inscrições:

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“Descobrir como uma pessoa se equilibra numa bicicleta”

Depois de 200 anos de uso e inovação na bicicleta, os cientistas ainda estão a tentar descobrir exactamente como é que nós nos equilibramos numa bicicleta (vídeo!).

Já para o comum dos mortais a coisa é muito mais simples, ou já se faz sem saber muito bem como, ou aprende-se a fazer no nosso ABC da Bicicleta. 😉

Aproveitem as férias! 🙂 As próximas edições deste módulo para aprender a andar de bicicleta são já na próxima semana:

  • dias úteis: 26 a 29 Junho, 19h00-20h30
  • fim-de-semana: 30 Junho, 1, 7 e 8 de Julho, 9h30-11h00

Inscrevam-se já para garantirem a vossa vaga. Em Julho e em Agosto também vão haver cursos, o calendário será publicado até ao final deste mês. E, claro, há sempre a opção das aulas particulares para quem prefira ou precise.

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Aulas para este Sábado

No próximo Sábado de manhã há mais uma edição da Clínica de Bicicleta. Não esperem por Julho, inscrevam-se agora!

E à tarde há workshops de mecânica de bicicletas na óptica do utilizador, e o dos Furos & Cia ainda tem 1 vaga livre!

Excelente preparação para o Piquenique da Pedalada no dia seguinte! 😉