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As mulheres e a bicicleta

Aqui há tempos a Joana Capucho, jornalista do Diário de Notícias, contactou-nos a propósito de um artigo que estava a preparar, sobre as mulheres e a bicicleta, dada a nossa experiência com elas a nível da escola e da loja. Procurámos ajudar partilhando algumas das nossas observações, e também fornecendo informação genérica sobre bicicletas e acessórios (atenção que há um lapso na referência aos cadeados, o U deve prender o quadro da bicicleta a algo sólido, e depois o cabo deverá prender a roda ou ambas as rodas e/ou o selim, por exemplo). E, claro, contactámos algumas antigas alunas dos vários módulos do nosso Curso de Condução de Bicicleta para que elas pudessem, se o desejassem, dar o seu testemunho. A resposta foi muito positiva (obrigada a todas!), e a Joana lá optou por incluir o testemunho da Paula, que fez connosco o ABC da Bicicleta, e que usa a bicicleta em contexto de lazer, e ainda da Marta e da Valéria, que fizeram os módulos já de condução propriamente dita e que usam a bicicleta como meio de transporte quotidiano. 🙂

"A idade não é obstáculo para elas aprenderem a pedalar"

A questão da quota das mulheres na quota modal da bicicleta é algo que merece atenção por vários motivos. Uns relacionados com as próprias mulheres e com o que elas podem estar a perder ao não usar a bicicleta, seja para transporte, lazer ou desporto, outros com o que isso influencia e revela das condições de uso da bicicleta nas cidades, e outros factores socio-económicos associados.

Há cidades onde a grande maioria dos ciclistas são homens, outras onde as mulheres são uma modesta maioria. O que origina estas diferenças? Como será a distribuição de género na quota modal de outros meios de deslocação, nomeadamente o automóvel, o transporte público, o andar a pé? Será que a opção pela bicicleta tem mais a ver com o próprio uso da bicicleta (saber andar, percepção de eficiência, conforto, segurança, etc) ou mais a ver com o tipo de deslocações mais associadas às mulheres (em maior número, mais curtas, mais irregulares,…)? Que peso terão os factores económicos (a questão da disparidade salarial entre homens e mulheres, em desfavor destas últimas) e/ou culturais (nomeadamente a dominância cultural do papel masculino na família, que em caso de recursos escassos, tem preferência no uso do automóvel, por exemplo)? Este artigo, por exemplo, aborda isto.

No contexto de criar cidades sustentáveis onde a bicicleta está bem disseminada, ou seja, tem uma boa quota da distribuição modal, será a quota de género mais importante ou relevante do que a quota etária, por exemplo? Ou a quota económica? No estereótipo do “ciclista homem entre os 20 e os 35 anos e estudante/com poucos recursos económicos) há populações mais estratégicas/relevantes/importantes/prioritárias do que outras?

Esta questão da distribuição de género no uso da bicicleta foi, a propósito, o tema do último encontro do projecto europeu VOCA – Volunteers of Cycling Academy, que decorreu em Dublin, e no qual tivémos oportunidade de participar, enquanto activistas da MUBi. Entretanto já estão online os vídeos das apresentações da conferência organizada pela Dublin Cycling Campaign dedicada a discutir este tema.

Por cá, contribuímos para o reequilíbrio de género na bicicleta de várias formas, incluindo com a nossa escola, cujo calendário de Verão já está pronto, a propósito. 🙂

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“Cenas a Pedal. A empresa que o ensina a andar de bicicleta”

A Clara Silva, jornalista do i contactou-nos inicialmente por causa de um artigo sobre viagens em bicicleta e acabou a fazer uma peça sobre nós, com chamada de capa! Muito fixe! 🙂

Capa do jornal i de 1 de Maio de 2012

"Cenas a Pedal. A empresa que o ensina a andar de bicicleta"

Obrigada Clara, pelo texto, e obrigada Manuel, pela foto original e que acabou por ficar tão gira. E nos nossos tons de azul & banana, lindo! 😉

Cenas a Pedal. A empresa que o ensina a andar de bicicleta

Por Clara Silva, publicado em 1 Maio 2012 – 03:10

E o ajuda a mudar o pneu se tiver um furo, a escolher uma bicicleta nova ou a planear uma viagem a pedalar. Também dão aulas de código de ciclismo

Para começar este texto apetece usar máximas da sabedoria popular como “nunca é tarde para aprender” ou “nunca nos esquecemos de andar de bicicleta”. São as duas grandes verdades, principalmente quando alguém se oferece para nos agarrar no selim quando o equilíbrio ainda não está afinado. Mas haverá alguém assim tão paciente? Pelo menos na Cenas a Pedal, em Lisboa, há.

A empresa exclusivamente dedicada a bicicletas foi criada em 2006 por um casal. Ana Pereira e Bruno Santos, ambos de 31 anos, queriam recuperar o brinquedo que os tinha acompanhado na infância e na adolescência e andaram a pesquisar modelos na internet. “Tivemos uma certa dificuldade em encontrar bicicletas adequadas ao que queríamos fazer, que não era desporto”, adianta Ana. “Andávamos à procura de bicicletas citadinas e com a pesquisa percebemos que a oferta era quase nula em Portugal.” No meio desse “mundo novo de bicicletas”, descobriram uma dobrável, “giríssima”, que nunca tinham visto. Foi esse modelo, o Mobiky Genious, “que espoletou a criação da empresa”.

No início pensaram na Cenas a Pedal como uma empresa de importação de bicicletas dobráveis e aluguer de triciclos e karts. Um ano mais tarde começavam a pensar em abrir a primeira escola de bicicletas do país.

Ana Pereira compara aprender a pedalar com aprender a nadar. “Há muitas escolas de natação e as pessoas, apesar de aprenderem a nadar com os pais, têm noção que ganhariam se melhorassem a técnica numa escola.” Segundo Ana, o mesmo se passa com as bicicletas. Há que encarar com normalidade ter aulas de bicicleta e consolidar os conhecimentos.

Ana e Bruno começaram a dar aulas no Verão de 2008, depois de terem feito um curso com um instrutor britânico (em Portugal ainda não há nenhuma formação deste género). Além de cursos para pessoas que nunca tinham andado de bicicleta na vida, apostaram em aulas para ciclistas com alguma experiência, “mas que não soubessem o que fazer, por exemplo numa rotunda ou numa via com três faixas em cada sentido”.

As aulas mais concorridas começaram por ser o ABC da Bicicleta, para principiantes, com seis horas em grupo dividas por várias sessões. O preço ronda os 79 euros por pessoa – já com bicicleta – ou 119 euros para aulas individuais no Jardim da Estrela. “Ficámos surpreendidos porque pensámos que este curso não ia ter muita procura, achámos que quase toda a gente sabia andar, mas não foi assim”, conta Ana. “Aparecem pessoas de todas idades, incluindo crianças, mas sobretudo mulheres entre os 30 e os 50.”

A empresa tem um pequeno ateliê na Avenida Álvares Cabral, em Lisboa, onde há aulas de Teoria & Prática da Bicicleta no Trânsito, uma espécie de código da estrada para ciclistas. De vez em quando há workshops como o de Turismo Activo em Bicicleta, a 26 de Maio. “Chamámos um formador de fora, o Paulo Guerra Santos [do blogue 100diasde bicicletaemportugal.blogspot.pt], que vai dar dicas a quem quer fazer uma viagem grande de bicicleta.”

O serviço mais popular é o Bycicle Repair Man, um técnico que vai ter consigo se tiver um furo ou arranjar a bicicleta a sua casa. Mas não tenha muita pressa, até porque ele vai de bicicleta.

Cenas a Pedal, Avenida Álvares Cabral, 38, Lisboa. www.cenasapedal.com.

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Uma volta pela cidade

O Jornal Pedal passou pelo estaminé da Cenas a Pedal para o seu segundo número, e o resultado foi este. 🙂

Caso não possam passar no ateliê a buscar um em papel (e mais alguns para distribuir pelos amigos, para deixar no cabeleireiro, no dentista, etc), como pretexto para dois dedos de conversa, não deixem de o ler, está todo aqui:

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Biciurbana, la revista de la movilidad a pedales

Mais uma publicação virada para a utilização utilitária da bicicleta, ainda só online, e desta vez aqui dos nossos vizinhos espanhóis: Biciurbana.

Ah, e entretanto a CityCycling foi ressuscitada e relançada! 🙂

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Curso de Condução de Bicicleta na Time Out Lisboa

A Time Out Lisboa da semana passada falou do nosso Curso de Condução de Bicicleta (dividido em 3). Muito fixe! 🙂

A propósito, amanhã temos a começar mais um ABC da Bicicleta. São 3 sessões de 2 horas cada, 26 e 27 de Setembro e 4 de Outubro, das 18h às 20h, na Estrela (79 €, bicicleta incluída). Sim, ainda tem muito tempo para aprender a andar de bicicleta e dar muitos bons passeios até ao final do ano. Não deixe pra 2012! 😉 Inscreva-se para amanhã, ligue 913475864.