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80 000 bicicletas de uso público em Londres?

O presidente da Câmara, Ken Livingstone, quer ter um aumento no uso da bicicleta de 80 % em 2010, sendo que nos últimos 7 anos houve um aumento de 83 %. Uma das formas de conseguir este aumento serão as bicicletas de uso público do género Vélib, Bicing, etc, e para isso seriam necessárias 80 000 bicicletas neste sistema em Londres. A mais-valia deste projecto é que combate uma das principais causas para as pessoas não optarem pela bicicleta ou desistirem a dada altura: o grande número de furtos.

[Fonte]

Em Portugal houve rumores de que um sistema destes estivesse a ser estudado para Lisboa, mas não tem havido novidades…

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Menos um carro em Seattle, WA

seattle_gm.jpgSeattle instituiu uma iniciativa de apoio à redução da utilização do transporte automóvel privado a que chamou “Desafio Menos um Carro“.

A frase “menos um carro” é usada também como mote por utilizadores de bicicleta como pretexto para pedir respeito pela sua presença na estrada. Afinal esta é tão significativa como a de um condutor ao volante de um carro, com vantagens claras da redução da ocupação da estrada (espaço público a que todos temos direito) e à não poluição do ar nem sonora.

Em Seattle o projecto “Desafio Menos um Carro” é composto por 2 níveis: o primeiro aposta na redução da utilização do carro; o segundo pretende reduzir o número de carros no agregado familiar, de forma a que este tenha mais pessoas com licença de condução do que carros.

No nível 1 os participantes têm que deixar de utilizar um dos carros durante um mês. Isto significa que durante esse mês, o agregado familiar participante tem que ter mais condutores com licença de condução que carros. Participantes individuais terão que abdicar do carro, podendo usá-lo em caso de emergência. O processo de inscrição é simples e pode ser feito online.
Para o controlo da participação de cada condutor é indicada no início do mês o número de km que o odómetro do carro marca. Este processo faz parte de dois questionários que é necessário responder no início e no fim do mês em que se está a participar.

Para quem pretende participar neste desafio são oferecidos alguns incentivos consoante o nível em que se participa. Para quem participa no nível 1 é fornecida informação sobre as alternativas ao transporte individual privado, como percursos de bicicleta, transportes públicos, serviços de partilha do carro (carpooling e car sharing), entre outros.
A utilização do serviço de car sharing está sujeita a reembolso até €33 no máximo de até dois meses.
Para quem opte por usar a bicicleta como veículo de transporte alternativo tem direito a desconto na inscrição no maior clube nacional de utilizadores de bicicleta, que por sua vez fornece descontos de 10% em muitas lojas de bicicletas e algumas na área de Seattle, além de organizar eventos e disponibilizar serviços dirigidos aos utilizadores de bicicleta.

O nível 2 tem um envolvimento mais sério com a causa, consistindo em vender ou doar um dos carros do agregado de forma a que passem a existir mais pessoas com licença de condução que carros nesse agregado familiar. Além disso é necessário que não seja adquirido outro carro de substituição durante um ano. Para este nível é necessário assinar um contracto e que seja entregue a documentação da doação ou venda do carro.

Para este nível além da informação disponibilizada sobre as alternativas à utilização de carro, têm direito a usar até cerca de €400 em serviço de car sharing. Além do desconto para o clube de utilizadores de bicicleta que os participantes do nível 1, os participantes do nível 2 têm direito a uma inscrição gratuita numa associação para o uso da bicicleta do estado de Washington relacionada com a promoção do uso da bicicleta e com os direitos dos ciclistas.

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Poupe dinheiro ~ Menos preocupações ~ Faça parte da solução

No site da câmara de Seattle pode ser encontrada também informação adicional sobre livros que abordam esta questão, informação sobre os operadores de transportes públicos, contactos de organizações que trabalham esta temática, entre outra informação relevante, como por exemplo uma análise ao custo de ter um carro.

Este tipo de iniciativas não podem porém ser aplicadas onde as alternativas não existam, sem que haja um esforço para criá-las. Os fundos têm que ser bem aplicados no melhoramento das redes de transportes públicos e na promoção de serviços de carpooling e car sharing, em vez de serem enterrados num túnel em obras de resolução temporária do transito.

[Via Carectomy]
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Brutal!

O Jorge comentou o post do programa sobre o projecto Murtosa Ciclável, e fui dar às fotos dele. 🙂

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Pátios de escolas repletos de bicicletas por todo o lado, até há telheiros próprios para as guardar! Parece a Holanda ou outro país do género, mas não, é Portugal! 😀 Não é lindo? 😉

Obrigada Jorge, pela dica! 🙂 Precisamos documentar e divulgar ao máximo estas realidades, para incentivar outros! 🙂

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Cultura da bicicleta em Aveiro

As BUGAs estão diferentes do que eu me lembro. Estão mais bonitas. 🙂

É quase surreal ver estas cenas de montes de putos a sair de bicicleta, à porta da escola. Nem parece Portugal. 😛 Quem sabe não será assim também, ou até melhor, em Lisboa daqui a uns anos? 😉

Este vídeo é de uma reportagem no magazine da RTP 2 “3810 UA – UNIVERSIDADE DE AVEIRO”, e refere-se ao projecto Murtosa Ciclável, promovido pela UA e pela Agência Portuguesa do Ambiente.

[Via]
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Desafio Intermodal em S. Paulo

Os desafios intermodais são aferições dos tempos necessários (ou possíveis) à deslocação dentro das cidades, em horas de ponta, utilizando diferentes meios de transportes e combinações destes. Começou-se por ver “eventos” destes nos EUA ou na Inglaterra, mas já chegaram também ao Brasil.

A vídeo-jornalista e activista brasileira da bicicleta Renata Falzoni fez um especial no seu programa sobre o Desafio Intermodal Paulistano, em que foram aferidas 12 opções de mobilidade/transporte:

[Fonte: TA]

Vejam os tempos de várias opções de mobilidade na hora de ponta, no caso do Desafio Intermodal Carioca (Rio de Janeiro) de 2007, noutro post do TA. A conclusão foi que, em termos de rapidez, ir de carro, mota, táxi ou metro+bicicleta é a mesma coisa (~42 min). Muito similar é a bicicleta (homem) e o metro+skate (~47 min). Com cerca de 56 min aparecem o autocarro, o metro+patins, metro+autocarro, e a bicicleta (mulher). A seguir é a opção a pé+metro e a bicicleta por ciclovias, com ~68 min. Claro que a pior opção é ir a pé (79 min).

Mesmo a mulher de bicicleta, que levou 58 min, levou apenas mais 16 min que o carro ou a mota, pouco significativo em termos de tempo, mas infinitamente mais barato, melhor para a saúde (exercício), mais rentável (incorpora o exercício físico na sua rotina diária, poupando tempo e dinheiro no ginásio), menos stressante e cansativo, e muito mais agradável. Além disso, silencioso, não poluente e não-congestionador!

Quando será que conseguiremos ter cá uma coisa destas, com esta dimensão e exposição mediática? 😉