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‘Spokes People’: um mini-documentário

Este mini-documentário já tem uns anos, mas mantém-se actual. Tinha-o aqui num post em rascunho de 2012 (!) no blog. Achei-o interessante pelo facto de ilustrar tão bem a forma como 1) a bicicleta é uma ferramenta que resolve problemas, traz efeitos secundários positivos, e muda as perspectivas e as vidas das pessoas, e 2) a forma como conduzimos, a nossa mentalidade e atitude, influenciam a experiência que temos na estrada.

O documentário mostra como uma família usa uma longtail para transportar as crianças e abdicar do carro, e também mostra como a formação em condução de bicicleta altera a forma como as pessoas encaram a ideia, e a experiência, de se deslocarem de bicicleta.

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Bicicleta longtail Yuba Mundo V4

Por esta altura já devem estar fartos de saber o que é uma longtail, ou “bicicleta de cauda longa”. Viram-nos com as nossas por Oeiras e Lisboa e internet desde 2007, o Bruno continua a usar a sua Surly Big Dummy no dia-a-dia e até para mini-viagens e S24Os, e ao longo dos anos contagiámos muita gente , pelo que há muitos longtailers espalhados pelo país (bom, alguns pelo país, muitos por Lisboa) com Yubas e Xtracycles. Para quem aterrou aqui agora, pode ter uma introdução aqui e aqui.

E agora aqui fica em vídeo uma breve apresentação da Yuba Mundo V4, feita por nós:

As Yuba Mundo começam nos 1500 €, mas há ainda uma versão com travões de disco e luzes de dínamo, e também uma versão com assistência eléctrica (motor dianteiro), para quem não tem como fugir às subidas. Na Cenas a Pedal também as podemos equipar a posteriori com um kit BionX (motor traseiro). Depois há vários acessórios para transporte de bagagem e/ou passageiros (crianças e/ou adultos!), para adaptar o melhor possível a bicicleta às suas desejadas funções.

Esta em particular estava equipada com as MonkeyBars e dois SofSpots, para transportar duas crianças:

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Os sacos Go Getter são gigantes:

Yuba Mundo V4.0

Yuba Mundo V4.0

A mais recente família que ajudámos a equipar com uma Yuba Mundo enviou-nos uma foto de uma das primeiras utilizações da bicicleta.

Emma and her kids on the Yuba Mundo

Thanks, Emma! 🙂

Informações e pedidos de encomenda via .

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Vai de bicicleta, despe o monstro

Aqui está uma campanha gira. 🙂 Às vezes carregamos um monstro dentro de nós. Andar de bicicleta ajuda a livrarmo-nos dele.

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Vou de bicicleta e levo o cão

Depois que adoptámos a Mutthilda (lê-se Matilda, é um trocadilho com “mutt”, “rafeiro”, em inglês), no Verão do ano passado, esta questão tornou-se pessoal. 🙂

Estas são as opções que já testámos, embora em diferentes fases de crescimento e desenvolvimento da Mutthilda:

Cesto dianteiro, fixo ao guiador, sem grade/cobertura, da Cordo:

1ª viagem da Mutthilda

Fixe para os dias quentes de Verão, e enquanto ela era pequena, e cabia lá bem. Mas é mais adequado a cães mais crescidos, treinados para não se mexerem muito nem tentarem sair do cesto com a bicicleta em movimento, pois traz apenas uma fita para prender à coleira.

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Entretanto, preparando-nos para os 9-10 Kg previstos para a Mutthilda versão adulta, apostámos num atrelado da Croozer, que tinha a vantagem de funcionar também como “casota” quanto estávamos no atelier ou na casa de alguém. Como eu é que andava de bicicleta com assistência eléctrica, eu é que normalmente a rebocava.

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Ela andava lá à vontade, via as vistas, etc. Era sempre uma estrela por onde passava, e dava imenso jeito na estrada pela “pegada”.

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Como começou a chegar o Outono e o Inverno, e começámos a sentir falta da simplicidade e flexibilidade do cesto, passámos para outro, da Klickfix, que pode ser usado com ou sem cobertura, tem “janelas”, e uma cobertura impermeável, além de ter uma fixação de 2 pontos, dando menos liberdade ao cão de simplesmente saltar, mas tornando mais fácil ele enlear-se na fita.

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Fixa-se com um adaptador da Klickfix, e cabia em ambas as bicicletas, por isso ora a levava eu ora a levava o Bruno.

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Quando a Mutthilda começou a habituar-se melhor e a gostar mais do cesto, já estava grande demais para ele, em termos de peso e até de volume, e então era hora de experimentar outra coisa.

Com ela ainda pequenina, já tinha experimentado algumas vezes levá-la na caixa de transporte comum, fixa ao porta-bagagem da minha bicicleta com as fantásticas Rok Straps e funcionou bem. Mais tarde, como o Bruno tinha entretanto voltado à Surly Big Dummy como bicicleta do dia-a-dia, a conclusão foi óbvia. Primeiro ia de lado, sobre um Wideloader da Xtracycle, para o peso ficar mais em baixo. Depois passámo-la cá para cima, para o peso ficar mais equilibrado e o veículo mais manobrável, além de recuperar capacidade de carga nos sacos.

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Ela já está com mais de 9 Kg e mal cabe na caixa, mas para os percursos relativamente curtos que fazemos de cada vez (6 Km) funciona bem, ela vai enroladinha. 🙂

E depois, é isto todos os dias ao chegar a casa:

Uma coisa que queremos experimentar é a cadeira dianteira para cães, Buddyrider, embora anule o quadro rebaixado da bicicleta, se esta o tiver:

Buddyrider

(Pode consultar o nosso catálogo de soluções de transporte de cães em bicicleta aqui.)

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This girl can / Esta rapariga pode

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Esta Rapariga Pode é uma campanha nacional [no Reino Unido] desenvolvida pela Sport England e uma vasta gama de organizações parceiras. É uma celebração de mulheres activas por todo o país que estão a fazer a cena delas, não interessa quão bem o fazem, qual o seu aspecto ou até mesmo quão vermelhas ficam as suas caras.

 

Há muitos exemplos de exercício e desporto, mas também há exemplos de actividade física simples, como “ir de bicicleta”.

A Grace gosta de andar de bicicleta, ela gosta de estar lá fora a pedalar ao ar fresco, às vezes frio. Ela não está numa corrida com ninguém, não se preocupa com a velocidade a que vai. Ela simplesmente faz a cena dela e é só isso que importa.

Nos bastidores:

Podem ver mais posters e vídeos na página de Facebook da campanha.

O estudo prévio a esta campanha revelou que as mulheres sabem que deveriam exercitar-se mais, mas ainda assim falham em atingir os níveis mínimos de actividade física recomendados para uma vida saudável. Concluiu-se ainda que na faixa etária dos 14 aos 40 anos há menos 2 milhões de mulheres a exercitarem-se face ao número de homens que o fazem, e 75 % das mulheres nesta faixa etária gostariam de fazer mais desporto e/ou exercício físico, mas o medo de serem julgadas é maior do que a sua auto-confiança: 

  • medo de serem julgadas pelo seu aspecto durante a actividade (suadas, ruborizadas, pobre forma física, etc)
  • medo de serem julgadas por não serem boas o suficiente a realizar determinada actividade, ou então demasiado boas e, “logo”, pouco femininas
  • quando têm filhos, sentimento de culpa e medo de serem julgadas por gastarem demasiado tempo com elas próprias

‘This Girl Can’ é uma celebração de todas as mulheres que encontram a confiança para fazerem exercício: é uma atitude, e uma chamada à acção para todas as mulheres fazerem o mesmo. Esta campanha pretende abordar os medos das mulheres, mostrando-lhes que não estão sozinhas, e a esperança é que isso lhes dê mais confiança.

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Não conheço outros estudos ou campanhas similares em Portugal, mas desconfio que a nossa realidade, a este nível, não será muito diferente. E penso também que a menor proporção de mulheres a usar a bicicleta como meio de transporte em Portugal, relativamente aos homens, poderá ter, em parte, a ver com esta questão.

Infelizmente em Portugal não se faz muito “marketing” de causas. Nem o Governo, nem organizações grandes. O mais parecido que me lembro foi o projecto Maria Bicicleta, uma iniciativa privada, da Laura e do Vitorino, que depois teve algum apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa e EMEL, na forma de uma exposição na Av. Duque de Ávila. Muito pouco para ter impacto significativo na população, claro.

Maria Bicicleta

Dia 8 de Março é o Dia Internacional da Mulher. Mas já passou, e é só um dia para nos recordar da importância dos outros 364. Que tenhamos todas força para preferirmos ser saudáveis, fortes, independentes, e divertirmo-nos, sempre, e não só em ocasiões especiais. Porque o cabelo desalinhado, a cara vermelha, o suor, o sentirmo-nos fora de forma ou pouco atraentes, é tudo transitório, e irrelevante, o que vai permanecer é a sensação brutal de “eu consigo”, “eu gosto”, “eu quero mais”. Porque nós merecemos.