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Exemplos reais e pessoas reais (se ainda precisam de mais)

Na rubrica “Contas Poupança” do Jornal da Noite da SIC a 17 Julho de 2013, o exemplo do Gonçalo e dos dois filhos, uma school run diferente no Parque das Nações: o Gonçalo a pedalar a sua bicicleta com os dois filhos atrás no atrelado (um Croozer Kid for 2, a propósito), vai de casa à escola, deixa lá os filhos e o atrelado, e segue depois para o trabalho. Ao fim do dia, a rotina inversa.

Se quiserem saber quão barato é investir numa boa bicicleta e num bom atrelado se estes vierem substituir viagens de automóvel, é só usar este simulador dos reais custos do automóvel. Sim, porque os custos do carro não se resumem ao combustível e portagens…

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A bicicleta como opção de transporte no Parque das Nações

O Parque das Nações precisa de mais e melhores parques de estacionamento para bicicletas, melhor piso, e uma maior e mais forte restrição à circulação automóvel, para fomentar o uso da bicicleta como alternativa de mobilidade. E depois, umas campanhas pró-bicicleta por parte dos comerciantes, escolas e outras entidades públicas…

Entrevista

Mobilidade Suave

Bruno-Anes

Entrevista a Bruno Anes na edição n.º61 do jornal Notícias do Parque

De que forma usas a bicicleta, aqui no PN?
Moro na zona Sul, trabalho da parte da manhã no Campus da Justiça e da parte da tarde no meu escritório junto ao Casino de Lisboa, a minha filha com 3 anos frequenta o Colégio do Parque. Isto faz com que possa deslocar-me quase exclusivamente de bicicleta durante vários dias, sem ter de utilizar o carro. Saio de manhã de casa, deixo a minha filha no colégio e sigo para o Campus da Justiça. À hora de almoço venho para o escritório e ao fim da tarde sigo para casa, passando (dependendo do dias) pelo colégio para buscar a minha filha. Alguns dias da semana, à hora de almoço, ainda aproveito para ir nadar à piscina municipal de Moscavide e também vou de bicicleta. Ocasionalmente, aos fins de semana, saio de bicicleta para ir ao Vasco da Gama ou passear aos jardins da zona Norte.

O que mudou, na tua vida, o facto de usares esta forma de mobilidade suave?
Ando menos de carro, logo gasto menos dinheiro em combustível. Faço exercício físico, desfruto do ar livre e não tenho problemas nem encargos de estacionamento. Por outro lado, há pouco tempo precisei do carro para ir a Lisboa e estava sem bateria… Não são só vantagens! Neste momento decidi vender o meu carro e passaremos a ter apenas um carro em casa para as deslocações necessárias.

Tens alguma sugestão para que se facilite e se fomente o uso da bicicleta?
Acho que o PN tem condições excelentes para o uso da bicicleta, no entanto há sempre melhorias que se podem fazer. Para começar, a Alameda dos Oceanos e outros troços deveriam ter uma via exclusiva para bicicletas com um pavimento adequado, já que a calçada grossa existente é muito desencorajadora para quem pensa em usar a bicicleta diariamente. Por outro lado há a questão da segurança. São frequentes os roubos de peças ou de bicicletas quando estas estão parqueadas, principalmente nas imediações do Centro Vasco da Gama. É um problema que não será simples de resolver, mas que penso que faria diferença caso se melhorasse. Talvez se pudessem instalar as zonas de parqueamento junto de locais já vigiados pela polícia.

Em relação à nossa rede de transportes públicos, que comentários tens a fazer?
Não tenho opinião formada, porque não utilizo muito. Por vezes utilizo o metro e penso que poderia haver mais uma ou duas estações como, por exemplo, expo-sul e expo-norte, seria ideal!

Sentes um aumento da utilização da bicicleta?
Não sinto. Nota-se uma grande utilização recreativa de residentes no Parque das Nações e não só. Especialmente ao fim de semana muitas pessoas trazem a bicicleta de carro até ao PN e utilizam-na para passear. Mas numa utilização de deslocação principal diária não noto, talvez porque a maioria das pessoas não more e trabalhe no PN e a distância para Lisboa ou outra zonas seja demasiado grande para se fazer de bicicleta.

Para terminar, o que foi que te fez começar a usar a bicicleta?
Penso que é algo que quase todos gostariam de poder fazer, já que traz muitas vantagens. Tinha já uma experiência de viver na Holanda onde as condições são muito propícias ao uso da bicicleta e talvez isso tenha facilitado, mas no meu caso foi especialmente o facto de ter estabelecido o meu escritório perto de casa. Mesmo quando não trabalhava a tempo inteiro no PN, usava a bicicleta até à estação do Oriente e apanhava o comboio para Lisboa. A partir do momento em que passei a trabalhar a tempo inteiro, no PN, foi uma questão funcional.

Entrevista

Bem-estar e felicidade

gperes

Entrevista a Gonçalo Peres publicada na última edição do Notícias do Parque

Usas bicicleta porque trabalhas perto de casa ou trabalhas perto de casa para poderes usar a bicicleta?

Por acaso a opção da bicicleta surgiu com o nascimento do meu filho, há 3 anos. Como fazer para o ir buscar / levar ao berçário? Só temos um carro, que a minha mulher utiliza em deslocações para fora de Lisboa, e levá-lo à pendura na scooter estava fora de questão (pelo menos até aos 7 anos). O percurso também é demasiado longo para ir a pé (5 km, ida e volta). Lembrei-me da minha visita a Copenhaga, onde as bicicletas abundam e é banal ver as mães e pais transportarem os filhos de bicicleta. Uma imagem tão bonita, quanto racional. Estava tomada a decisão. E nem imaginas o prazer que é (para mim e para ele) fazer o percurso até à escola: não gasto um tostão de gasolina, não poluo nem congestiono, queimo umas calorias pelo caminho e ainda desfruto duma vista privilegiada.
O facto de ter o meu negócio – a Cineteka – ao pé de casa, também contribuiu para eleger a bicicleta como o meio de transporte principal para deslocações nas imediações do Parque das Nações (PN).

Que opinião tens sobre a forma como os portugueses se deslocam e porquê?

A minha opinião é que uma percentagem demasiado elevada dos portugueses é comodista, vaidosa e facilmente influenciável pelas “modas”. Ter um carro é uma espécie de objectivo de vida dum jovem português de 18 anos, uma manifestação de independência, uma forma de se sentirem seguros… Por comparação, um jovem dum país nórdico ambiciona viajar pelo mundo. É mais barato, não fica agarrado a seguros, imposto de circulação e revisões anuais, prestações mensais e a preços de combustível galopantes.

Como achas que se deviam deslocar?

Em locais planos e trajectos curtos, como é o caso do bairro do PN, a bicicleta é sem dúvida a melhor opção.
Para trajectos mais longos, a escolha deveria recair primeiro na rede de transportes públicos e depois na opção scooter/pequeno motociclo. Como sabem, há poucos anos passou a ser possível conduzir motociclos até 125cc com a carta de carro. Esta opção traz inúmeras vantagens: uma scooter é muito mais barata que qualquer automóvel, não só no custo de aquisição, como na manutenção, seguros, isenção de imposto de selo, além de que consome e polui muito menos e estaciona-se em qualquer lugar, ocupando muito menos espaço. Infelizmente a moda ainda não pegou e continuo a ver mesmo muito poucas scooters quando comparado com uma qualquer Sevilha, Barcelona, Madrid, Paris, Roma, etc… E pergunto-me como é possível que as pessoas continuem a não encarar seriamente esta opção, preferindo agonizar em filas intermináveis de pára/arranca e depois na caça ao lugar de estacionamento perto do trabalho/universidade? Utilizo a scooter como meio de transporte há mais de 20 anos e só vejo vantagens.
O carro deveria ser a última opção e justificada por uma necessidade palpável. Só deveríamos usar o carro quando somos mais de dois passageiros, ou caso tenhamos que transportar alguma coisa, ou quando não existem alternativas (bicicleta, transportes públicos, scooter).
Tenho a certeza de que 20% das pessoas que usam o carro no dia-a-dia, podiam fazer o “switch”. E 20% menos de carros a circular faz toda a diferença a vários níveis.

Como é que a tua forma de mobilidade mudou o teu dia-a-dia? Que mudanças trouxe para ti e para a tua vida?

Por um lado trouxe uma enorme poupança no orçamento mensal. Agora olho para trás e penso na estupidez que seria sustentar dois carros. Usar a bicicleta dá-me uma sensação de bem-estar e felicidade. Já somos tão poluidores com o nosso estilo de vida ocidental (Já pensaste na quantidade de lixo que produzimos por dia, apenas com a nossa higiene e alimentação?), que pelo menos é uma forma de nos sentirmos mais em harmonia com o mundo. Também me faz sentir mais integrado com o nosso bairro, pois os extremos norte e sul, do PN, ficam mais próximos, percorremos percursos mais interessantes, junto ao rio por exemplo, e podemos cumprimentar um vizinho pelo caminho. De carro seria mais difícil….

Uma das razões que levou ao urban sprawl foi precisamente o aumento da capacidade financeira dos agregados familiares portugueses (nomeadamente na mulher) possibilitando o aumento do parque automóvel permitindo a deslocação da periferia para a cidade. Achas que a actual situação económica vai alterar o estigma de sermos um dos países com maior parque automóvel por agregado familiar? Achas que o carro vai deixar de ser tão prioritário?

Para bem de todos nós e da felicidade das pessoas que conseguirem fazer o “desmame” do carro, eu espero que sim. Gostava que cada vez mais pessoas percebessem que sustentar o seu carrinho que as transporta todos os dias sozinhas pela cidade, não lhes traz felicidade, nem independência nem segurança. Traz sim mais poluição, despesas, stresse e preocupações. Libertem-se! Tomem decisões mais racionais e sejam mais felizes. Nos países pobres as pessoas andam de transportes públicos, bicicleta e motociclo porque não podem sustentar um carro. Nos países desenvolvidos as pessoas também andam de transportes públicos, bicicleta e motociclo porque é mais racional e sustentável. Em Portugal as pessoas amam os seus carros… porque será? Não sei se vai ser fácil mudar esta dependência do automóvel. Há mais de 2 anos que vou regularmente buscar ou levar o meu filho à escola de bicicleta. Achei que vendo o exemplo, outros seguiriam os meus passos, ou as minhas pedaladas. Infelizmente continuo a ser o único. Apesar de ser uma IPSS, o que não faltam são bons carros à porta… a contrastar com a minha “pasteleira” que custou 200 euros.

De que forma achas que se conseguiria ter uma mobilidade mais sustentável?

Sensibilizando as pessoas para que o carro só deve ser usado em caso de necessidade. Mostrando o exemplo das outras cidades europeias. Incentivando e desmistificando a imagem que os jovens e uma boa parte da população têm dos transportes públicos. Ainda este Domingo, estava só com o meu filho e aproveitei para irmos até à praia. Como éramos só os dois, optei por irmos de transportes públicos. Apanhámos o autocarro 28 até ao Cais do Sodré e aí o comboio até ao Estoril. A viagem correu na perfeição, cumprindo eficazmente o objectivo de nos levar ao nosso destino, e foi bem mais divertido, ecológico e económico do que ir de “enlatado”.
No caso concreto do PN, acho que uma campanha de “outdoors” e até um concurso promovido pelo “Notícias do Parque” e nas redes sociais da AMCPN e da Parque Expo, que promovesse o uso continuado da bicicleta no dia-a-dia, porque não?

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Adoro o meu trabalho

Um casal quer começar a usar a bicicleta no dia-a-dia. Por onde começar?

Bom, por exemplo: pega-se na bicicleta BTT e na do Bike Tour que se tinham para lá paradas há anos e equipam-se ambas com o básico: luzes e um cadeado decentes. Depois, um apoio de descanso e um cesto para levar a bolsa ou as compras do dia numa, e uma cadeirinha para o benjamim da família na outra (e um espaçador para subir o guiador, melhorando a posição e a compatibilidade com a dita cadeirinha).

Cesto Basil Bern Cadeado Kryptonite Keeper

E que fixe é poder ir à frente na bicicleta! 😀

Um luxo! É quase como irmos nós a conduzir, eheheh. Vista desimpedida, podemos ir mexendo no guiador, nas mudanças, nos travões,… melhor do que isto só mesmo ir a pedalar. Mas enquanto as pernocas não dão para isso, é encostar e desfrutar! 🙂 E é muito mais interactivo, pois conversar com o pai é fácil, estamos quase cara a cara.

A seguir há-de ser um porta-bagagem e uns alforges ou algo do género para o pai poder deixar de ir para o trabalho com a mochila a fazer calor e peso nas costas. Vai fazer toda a diferença, concerteza.

Mais uma família a descobrir as alegrias da bicicleta no dia-a-dia! E a partilhá-las connosco! Adoro o meu trabalho. 🙂

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De bicicleta nas cidades não-planas

A Marta (obrigada Marta!) partilhou connosco uma reportagem publicada na revista Turbo de Abril com o tema “Lisboa a pedal” (PDF), com duas bicicletas dobráveis Brompton como protagonistas. 🙂 E para quem acha que “Lisboa não dá para andar de bicicleta porque não é plana“, tenho 2 notícias para vocês: bicicletas dobráveis (ou não) nos transportes públicos, e bicicletas com assistência eléctrica (de origem ou add on).

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Pedalar dá saúde!

Eu também quero andar por aí de bicicleta no dia-a-dia aos 103 anos. 😀

Sim, mesmo que seja de triciclo, aliás, gosto mesmo muito da ideia de mim já velhota a andar para aí a pedalar reclinada num Lepus Comfort, por exemplo, eheheh. 🙂 (Bolas, por mim até começava já! 😛 )